Gaia, Porto e Matosinhos contestam "esvaziamento" da comunicação social a Norte

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Porto Canal / Agências

Porto, 16 dez (lusa) - Os presidentes das câmaras de Vila Nova de Gaia, Porto e Matosinhos reúnem-se hoje no Centro de Produção do Norte da RTP para apresentar uma declaração comum contra o "esvaziamento" das delegações de órgãos de comunicação social na região.

Segundo fonte da estação pública, Eduardo Vítor Rodrigues (Gaia), Rui Moreira (Porto) e Guilherme Pinto (Matosinhos) têm também uma reunião com o presidente do conselho de administração da empresa, Alberto da Ponte, ao final da manhã.

A apresentação da declaração é a primeira iniciativa da recém-constituída Frente Atlântica, que reúne os três concelhos e suscitou algumas reações negativas que Eduardo Vítor Rodrigues, em declarações à Lusa, disse "estranhar".

"Que a capital fique indisposta com esta situação, eu ainda percebo, porque eles percebem que a partir daqui se constitui uma voz mais forte. Agora, não percebo que haja reações tão estranhas dentro da própria região, que pode ganhar muito se este grupo de municípios especificar na sua ação as suas preocupações concretas", sustentou.

A visita à estação pública, segundo Eduardo Vítor Rodrigues, não se prende "exclusivamente com os problemas da RTP", mas visa fazer "uma abordagem mais alargada que tem que ver com as ainda existentes delegações de órgãos de comunicação social na região".

O presidente da Câmara de Gaia disse que é pretensão das três autarquias "uma reivindicação muito clara em relação à necessidade de não esvaziar, mas de reforçar a descentralização da informação em Portugal", nomeadamente na RTP, Antena 1 e Lusa.

Segundo Eduardo Vítor Rodrigues, ao apontar problemas como este, a Frente Atlântica dá voz a "especificidades" que o Conselho Metropolitano do Porto, que reúne 17 municípios, "não terá, porque tem uma extensão e uma diversidade que diluiu algumas das temáticas que são centrais" para os três concelhos.

"O objetivo da Frente Atlântica é deixar marcado que há uma especificidade política e uma especificidade socioeconómica destes três concelhos que, sem pôr em causa as instituições existentes mas reconhecendo-lhes algumas limitações, pretende avançar para um modelo organizacional mais apto", justificou.

Eduardo Vítor Rodrigues lembrou ainda que o próximo quadro comunitário assenta "numa lógica sobretudo intermunicipal" e que, por isso, faz muito sentido se veja aqui uma oportunidade de aqueles concelhos se organizarem em associação intermunicipal.

A Frente Atlântica quer ter "uma voz política que o Norte exige, com algum peso no contexto nacional, porque a região tem vindo a ser depauperada, tem havido processos de centralização que podem ser assustadores".

Para Eduardo Vítor Rodrigues, "foi a capital quem mais ajudou a criar a ideia de que a Frente Atlântica está conflituar diretamente com o Conselho Metropolitano", porque está interessada em "induzir divisionismo" entre os municípios da região.

O presidente considerou que o Conselho Metropolitano, que já tomou posse há mais de um mês, tem que começar para já a resolver assuntos como a continuação do Programa Metropolitano de Emergência, marcado para terminar a 31 de dezembro.

O autarca defendeu que, se o programa terminar desta forma, pode ficar a ideia de que foi criado por se estar em período eleitoral e, assim, "ou o Conselho Metropolitano assume que vai fazer uma continuidade do programa, nem que seja de menor valor, ou fica muito difícil" ter uma justificação.

DP // ROC

Lusa/fim

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