Empresa metalomecânica em Paredes investe 19 milhões para exportar 75% da sua produção
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Porto Canal / Agências
A empresa de metalomecânica Inovocorte, em Paredes, no distrito do Porto, anunciou esta terça-feira um investimento de 19 milhões de euros em tecnologias de ponta, nomeadamente robotização e 'software', para exportar 75% da sua produção em 2030.
Desde 2022, já foram investidos 15,2 milhões de euros e o restante ocorrerá até final de 2025, contou à agência Lusa o diretor-geral, Pedro Costa.
A área de produção, na localidade de Lordelo, Paredes, foi ampliada, com novos pavilhões, e introduzidas novas soluções tecnológicas da indústria 4.0, nomeadamente 'software' e processos robotizados nas áreas da soldadura, acabamentos e linha de pintura automatizada.
“A nossa competência vai desde a transformação inicial do componente metálico, da chapa, até à assemblagem e testes de fiabilidade do produto na fase final”, precisou.
O capital da empresa é detido a 100% pela família fundadora, desde 1974 (completa este ano 50 anos de atividade), quando foi criada, com os seus atuais responsáveis representando a terceira geração.
O crescimento do volume de negócios tem sido acima dos 20% nos últimos quatro anos, anotou, indicando que em 2023 a faturação atingiu os 11 milhões de euros e em 2023 deverá alcançar os 14 milhões.
Atualmente com 125 funcionários - há quatro anos eram 75 - a empresa tem reforçado a contratação de mão-de-obra qualificada para potenciar os equipamentos entretanto adquiridos.
“Temos cerca de 17 a 20% de quadros técnicos altamente qualificados na nossa estrutura, nas áreas da engenharia, para ter no mercado uma proposta de valor diferenciada e capacitada para os desafios”, destacou.
Atualmente, os principais clientes ainda estão em Portugal. Contudo, há cerca de ano meio, a empresa avançou para um plano de internacionalização, apontando a 2030. Nessa altura, segundo a previsão dos seus responsáveis, o mercado europeu representará mais de 75% da produção, nomeadamente para Franca, Alemanha, Suíça e países escandinavos.
Pedro Costa explicou que a Inovocorte trabalha num vetor de subcontrato, ou seja, sem produto próprio, transformando ideias em produto.
“Nós temos a experiência e o ‘know-how’ na área industrial. Trabalhamos muito com empresas ‘start-up’, na área do 'software', que precisam de corporizar o produto deles, incorporando hardware. A nossa proposta é fazer o codesenvolvimento do hardware do produto, em conjunto com eles”, explicou.
A Inovocorte integra o grupo “Synere”, formado por três empresas, detido pela mesma família, e espera alcançar em 2030 entre 40 a 50 milhões de euros de volume de negócios.