PM Moçambique acusa Renamo de tentar chegar ao poder "pela via da força"
Porto Canal / Agências
Luanda, 30 out (Lusa) - O primeiro-ministro de Moçambique acusou hoje a Renamo de tentar chegar ao poder "pela via da força".
Alberto Vaquina, que falava à imprensa no final da visita oficial de quatro dias a Luanda, salientou que "há uns meses" que a Renamo, o principal partido da oposição de Moçambique, face ao aproximar da data de eleições autárquicas, "tem estado a fazer provocações, nomeadamente ataques a civis, de que há a lamentar muitas vítimas".
A Renamo, continuou, protagonizou igualmente ataques a unidades militares, com vítimas dos dois lados.
"Lamentamos profundamente isso. Repudiamos a procura do poder pela via da força e é uma oportunidade para uma vez mais apelarmos ao bom senso da Renamo no sentido de que havendo coisas a discutir, elas sejam feitas dentro das estruturas existentes num estado de direito", afirmou.
Moçambique vive a sua pior crise política e militar desde a assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992, na sequência de confrontos entre o exército e elementos armados da Renamo, principal partido da oposição, devido a divergências em torno da lei eleitoral.
As últimas semanas têm sido marcadas por confrontos de parte a parte e o exército governamental já ocupou algumas das principais bases do movimento, tendo colocado em fuga o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
EL // PJA
Lusa/Fim