Jerónimo diz que terrorismo é sempre sinistro e tem que ser combatido

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 22 mar (Lusa) - O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, considerou hoje que o "terrorismo é sempre sinistro, obscuro e tem que ser combatido", mas rejeitou que o combate seja "intervencionista e militarista" e pediu que os refugiados não sejam olhados com desconfiança.

Em declarações aos jornalistas no final do encerramento do seminário "Controlo público da Banca, condição para o desenvolvimento e soberania nacional", Jerónimo de Sousa manifestou uma "grande afirmação de condenação de mais este ato de terrorismo", que hoje aconteceu em Bruxelas, deixando votos de "profunda solidariedade para com as vítimas e as suas famílias".

"O terrorismo é sempre sinistro, é sempre obscuro e tem que ser combatido", considerou o secretário-geral comunista, defendendo que "não será, com certeza, nenhuma deriva securitária, nenhuma conceção intervencionista e militarista que resolve este problema de fundo".

Mas Jerónimo de Sousa manifestou ainda preocupação com a situação dos refugiados depois dos acontecimentos de hoje: "Que não sejam olhados com desconfiança. Devemos ter uma posição de solidariedade. Aqui no nosso país temos essa posição".

"Vamos às causas, pensando que não será com certeza por este processo que se tente impedir, por exemplo [a entrada] dos refugiados, que hoje muitas vezes são conotados com estes atos quando nós sabemos que eles fogem precisamente da guerra, da morte", apelou, pedindo que esta deriva securitária não "conduza a novos dramas desses milhares de homens, mulheres e crianças".

A resposta a dar ao terrorismo tem de ser, na opinião do líder comunista, procurando causas, sejam elas políticas, económicas, sociais, sendo preciso que haja "uma componente de afirmação da democracia, das liberdades fundamentais e naturalmente com uma política de paz, de fim do intervencionismo militar".

Bruxelas foi hoje de manhã abalada por dois atentados, com duas explosões no aeroporto e uma no metro da capital da Bélgica, que fizeram pelo menos 34 mortos e dezenas de feridos.

O nível de alerta terrorista na Bélgica foi elevado para quatro, o máximo da escala.

JF // SMA

Lusa/fim

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