PSD devolve "em dobro" acusações de radicalismo de António Costa

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 22 fev (Lusa) -- O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, devolveu hoje "em dobro" as acusações de radicalismo que o primeiro-ministro, António Costa, dirigiu aos sociais-democratas no primeiro dia do debate parlamentar sobre o Orçamento do Estado para 2016 (OE2016).

Em declarações aos jornalistas, no final do primeiro dia de debate em plenário, o deputado do PSD afirmou que "António Costa tem utilizado um discurso parlamentar muito pouco edificante do debate", considerando que "a circunstância de não responder a perguntas e de estar permanentemente com esse tipo de sugestão não acrescenta nada ao esclarecimento" dos portugueses.

Para Luís Montenegro, "acusar o PSD de ter uma postura radical é de facto anedótico vindo de quem, como o doutor António Costa, se socorreu dos partidos da extrema-esquerda, que toda a vida combateu, só para ser primeiro-ministro e poder sobreviver como líder do PS".

Montenegro recordou ainda que o atual primeiro-ministro "acusou o seu antecessor" à frente do PS, António José Seguro, que se absteve no Orçamento do Estado de 2012, "de ter cometido aí um pecado original porque achava que o PS tinha de ter votado contra".

Segundo o deputado social-democrata, em 2012, estava em causa "um orçamento que era absolutamente condicionado pelo memorando de entendimento que o próprio PS tinha subscrito com o apoio do doutor António Costa numa fase de emergência nacional".

"Vindo de quem tem este currículo, as palavras do doutor António Costa têm muito pouco valor. Devolvo-lhas em dobro: em termos de radicalismo, ele ganha-me a mim e a qualquer deputado do PSD", concluiu Luís Montenegro.

Durante o debate, o primeiro-ministro, António Costa, criticou os anteriores governos e defendeu que o OE2016 é "o primeiro em que um Governo se estreia sem cortar salários e pensões e sem aumentar impostos".

A afirmação gerou alguma agitação nas bancadas do PSD e do CDS-PP, que recordaram que os cortes salariais começaram ainda no governo socialista de José Sócrates (de que António Costa fez parte) e levou o primeiro-ministro a afirmar "os radicais estão aí", apontando para a bancada do grupo parlamentar do PSD.

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