Lisboa, 22 fev (Lusa) - O líder parlamentar do PS, Carlos César, admitiu hoje que a renegociação da dívida é uma discussão "sempre em aberto", mas a prioridade nesta fase é aprovar o Orçamento para 2016, feito com contas que não incorporam qualquer renegociação.

"A discussão deve estar sempre em aberto, mas este orçamento tem estas contas e é com estas contas que o apresentamos, e nestas contas não está prevista qualquer renegociação da dívida", vincou César, no parlamento.

O líder da bancada do PS admitiu todavia que uma eventual "revisão dos compromissos dos países devedores" numa "situação em que os seus encargos são inibidores do seu crescimento" é "uma questão central no debate europeu".

César falava cerca das 20:30, em declarações aos jornalistas no final do primeiro de dois dias de debate na generalidade do OE para 2016.

O documento, sabe-se já, irá passar com a "luz verde" do PS e restantes forças políticas à esquerda.

O tema da renegociação da dívida é recorrente matéria defendida quer por Bloco de Esquerda (BE) quer por Partido Comunista Português (PCP), partidos que viabilizam parlamentarmente o executivo do PS.

"Não há nenhuma questão que o PS não aceite discutir. Não há temas proscritos", frisou hoje Carlos César.

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