Galamba acusa direita de tentativa de boicote "em português e em estrangeiro"

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 22 fev (Lusa) - O deputado socialista João Galamba acusou hoje PSD e CDS-PP de terem feito o imaginável e o inimaginável, "em público e na sombra, em português e em estrangeiro", para que o Orçamento do Estado (OE) chumbasse em Bruxelas.

"Este Orçamento aumenta mesmo o rendimento das famílias em quase o triplo do que aumenta os impostos. Sei que custa, mas é a verdade. PSD e CDS sempre disseram que tal coisa não seria possível, que era uma fantasia, e fizeram tudo - em público e na sombra, em português e em estrangeiro - para que este Orçamento não avançasse e os seus desejos se transformassem em realidade", acusou João Galamba.

João Galamba intervinha na Assembleia da República no primeiro dia do debate na generalidade do OE para 2016.

De acordo com o deputado socialista, PSD e CDS primeiro apostaram que o apoio de BE, PCP e PEV ao OE falharia, e depois "fizeram claque contra um Governo que tentava negociar o Orçamento em Bruxelas, tentaram enfraquecer o seu poder negocial e fizeram tudo o que era imaginável".

"Mas, sobretudo, lamentavelmente, fizeram o inimaginável para que o Orçamento do Estado fosse chumbado ou suficientemente alterado para o desvirtuar e mais uma vez falharam. Finalmente, já em jeito de desespero, apostaram tudo na fúria dos mercados e das agências de 'rating' e falharam de novo", defendeu.

João Galamba declarou que "a estratégia de boicote sistemático da direita portuguesa falhou em toda a linha, para o bem do país e das famílias portuguesas".

A deputada do CDS-PP Cecília Meireles, que qualificou João Galamba de "especialista na criação de narrativas", rejeitou "a narrativa dos inimigos" que, disse, o deputado socialista quis escrever.

"Quem discorda de si é um conspirador ou é um conspirador estrangeiro? Ser estrangeiro não é defeito e não concordar consigo não é antipatriotismo. A isto chama-se democracia", rebateu a deputada centrista.

O deputado social-democrata Hugo Soares concentrou-se em argumentar que foram os socialistas os primeiros a aplicar a austeridade e em descredibilizar as previsões de João Galamba, a quem chamou "o pai da expressão 'espiral recessiva'".

Na réplica, João Galamba exibiu num 'tablet' uma notícia de jornal para mostrar que a paternidade da expressão é do Presidente da República, Cavaco Silva.

ACL // SMA

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