Suspensão dos voos no aeroporto do Porto não é definitiva
Porto Canal (MYF)
O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, foi, esta quinta-feira, ao Parlamento explicar a alteração da privatização da TAP e garantiu que a discussão sobre os voos da companhia no Aeroporto Sá Carneiro, Porto, é um processo ainda em aberto e que os privados ainda vão negociar.
“Vejo com muito bons olhos a disponibilidade que hoje mesmo o consórcio manifestou de reforçar o diálogo com os agentes económicos e os autarcas da região a favor da TAP, a favor do serviço às portuguesas e aos portugueses", explicou Pedro Marques.
Segundo o DN e o Dinheiro Vivo, esta negociação já está a decorrer, tendo "havido contactos com agentes económicos" nos últimos dias, avançou fonte oficial da TAP. Na próxima segunda-feira, o Conselho Metropolitano do Porto vai receber a TAP para discutir o plano estratégico para o aeroporto. Estarão presentes, pelo menos um elemento do consórcio Atlantic Gateway, assim como Fernando Pinto, Presidente da TAP e o homem forte da operação estratégica da companhia, apurou o DN e o Dinheiro Vivo. Em cima da mesa estarão as questões de se as quatro rotas com partida e chegada do aeroporto do Porto serão revertidas para trazer novamente a acalmia à região.
No entanto, o Executivo já confirmou que não irá interferir nas medidas da TAP, nem agora que acordou uma nova distribuição do capital da companhia para que o Estado passe a deter 50%. Ao contrário de Pedro Marques que vê "com bons olhos" um diálogo com o Porto, o primeiro- Ministro refere que "um dos objetivos estratégicos é manter uma base relevante de operações do Porto e a partir do Porto".
O Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, parece ser mesmo o menos conformado com estas estratégias delineadas pela companhia aérea. Ainda esta quarta-feira, o autarca referiu que "a estratégia da TAP é um insulto à cidade do Porto e uma tentativa de destruir o aeroporto para construir um novo, uma nova ponte e uma nova Expo [em Lisboa] ".