O átrio da faculdade de Direito começava cerca das 19:30 a ficar repleto de apoiantes de Marcelo Rebelo de Sousa, que aguardavam a chegada do candidato presidencial à sua “casa universitária”, que serve de quartel-general eleitoral.

No átrio da ‘sua' faculdade de Direito, ouve-se um burburinho de conversas cruzadas e cumprimentos de quem chega para apoiar Marcelo e começa a compor os cerca de 90 lugares sentados, sem que haja hora para a chegada do candidato.

De mãos dadas, Inês Alves e Pedro Gonçalves trocavam um beijo discreto, enquanto seguiam ao longe as emissões das televisões, em cinco monitores colocados no local que que lhes é familiar, a sua faculdade.

"É um sítio bonito para esta noite se realizar e é simbólico. É a despedida da faculdade, marca esta transição", diz Pedro, perante o assentimento de Inês.

Mas Marcelo não é o único ilustre da faculdade: "Outro professor desta casa", aponta Pedro para o seu homónimo Pedro Delgado Alves, da campanha de Sampaio da Nóvoa, que aparece numa das emissões televisivas.

Numa sala de acesso restrito estão já um dos irmãos de Marcelo, Pedro Rebelo de Sousa, e o mais antigo amigo de infância, o médico Eduardo Barroso. Entre os apoiantes vê-se povo do PSD, figuras de Lisboa como Virgínia Estorninho ou Pedro Afonso, coordenador de campanha no Oeste, e ex-presidente da concelhia de Alenquer.

O púlpito dos discursos, por enquanto deserto, é enquadrado por oito bandeiras de Portugal e pelo painel de azulejos coloridos da faculdade.