Abstenção poderá estar entre os 48% e os 53.2%

Abstenção poderá estar entre os 48% e os 53.2%
| Política
Porto Canal com Lusa

A abstenção para as eleições Presidenciais pode vir a estar entre os 48% e os 53.2%. Segundo as projeções dos órgãos de comunicação social (RTP, SIC, e TVI) portugueses a abstenção para estas eleições podem ficar um pouco abaixo do recorde de 2011, mas acima dos valores de há dez anos.

A RTP, com a projeção da Católica, dá uma abstenção entre os 48% e os 52%. A SIC, com uma projeção da Eurosondagem, põe a abstenção entre os 49% e os 53.2%. Já a TVI, com a projeção da Intercampos, dá à abstenção 48% a 51%.

A mais alta taxa de abstenção em eleições presidenciais foi registada na reeleição de Cavaco Silva, em 23 de janeiro de 2011, com 53,56% dos eleitores a optarem por não ir às urnas.

Nas anteriores presidenciais votaram 4,4 milhões de eleitores em 9,6 milhões de inscritos, que deram a vitória a Aníbal Cavaco Silva contra Manuel Alegre, o principal opositor, Fernando Nobre, Francisco Lopes, José Coelho e Defensor Moura.

No pós-25 de Abril de 1974, a reeleição de Cavaco Silva, que venceu com 52,95% dos votos, confirmou a tendência para uma maior abstenção quando se trata de um segundo mandato.

Antes da reeleição de Cavaco, o "recorde" da taxa de abstenção em presidenciais tinha sido registado no segundo mandato de Jorge Sampaio, em janeiro de 2001, com 50,29% de abstencionistas.

Em 1991, nas quartas presidenciais e também numa reeleição, a do antigo Presidente da República Mário Soares, a abstenção já tinha sido a mais elevada até então, 37,8%.

A exceção à "regra" de maior abstenção numa reeleição é protagonizada pelo general António Ramalho Eanes, que foi reeleito em 1980 num escrutínio que registou a menor percentagem de abstencionistas, cerca de 15%.

Esta foi, aliás, a eleição presidencial mais concorrida de sempre, com uma participação de 84,39% dos eleitores inscritos.

Por três vezes, a renúncia ao voto ultrapassou os 30 por cento: 37,84% na reeleição de Mário Soares, em 1991; 33,71% na primeira eleição de Jorge Sampaio, em 1996, e 38,47% no sufrágio ganho por Aníbal Cavaco Silva, em 2006.

Nos restantes atos eleitorais, a abstenção variou entre os 24,53% quando Ramalho Eanes se tornou o primeiro presidente eleito por sufrágio universal, em 1976, e os 24,62% e 22,01%, na primeira e segunda voltas, respetivamente, da votação em 1986, que elegeu pela primeira vez Mário Soares.

Marcelo Rebelo de Sousa, Maria de Belém Roseira, Sampaio da Nóvoa, Edgar Silva, Marisa Matias, Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, Henrique Neto, Cândido Ferreira, Paulo Morais e Jorge Sequeira são os candidatos que formalizaram a candidatura a Belém.

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