Suspensão de mais quatro voos do Porto divide opiniões de Autarcas e entidades do Norte

Suspensão de mais quatro voos do Porto divide opiniões de Autarcas e entidades do Norte
| Norte
Porto Canal (MYF)

A suspensão de mais quatro voos do Porto com ligação a diferentes cidades europeias, pela TAP, divide opiniões de Autarcas e entidades do Norte. As rotas deixam de operar a partir do dia 27 de março.

A TAP informou, na sua página oficial do Facebook, que vai suspender mais quatro voos entre o Porto e Barcelona (Espanha), Bruxelas (Bélgica), Milão e Roma (Itália), a partir do dia 27 de março. O presidente da TAP, Fernando Pinto, considera estas “rotas deficitárias” e explicou que a estratégia da companhia passa "muito mais por aumentar o número de frequências [do que o número de destinos]"

Autarcas e entidades do Norte dividem opiniões 

A decisão da TAP parece ter divido opiniões dos autarcas e entidades do Norte. O Presidente do Eixo Atlântico, Ricardo Rio, referiu à Lusa que a TAP está a "perder oportunidades" e que o fim de algumas das rotas da TAP com partida no Porto “prejudicará populações, agentes económicos e terá reflexos negativos também no turismo da região”.

"É uma decisão que prejudica empresas e população, tudo o que seja reduzir a oferta da TAP a partir do Porto é penalizador para a região, para os agentes económicos, inclusivamente até numa perspetiva não só de saída mas também de entrada, penalizando a promoção turística da região", considera o também autarca bracarense.

O Presidente da Associação dos Comerciantes do Porto, Nuno Camilo, adianta que esta suspensão "prejudica gravemente o comércio" da região.

“Hoje o Porto não é só uma cidade de comércio, é uma cidade de turismo e esse turismo traz capitais, traz pessoas, traz iniciativas que vão fornecer indiretamente o comércio quer em termos de receita quer em termos de consumo, explica Camilo à Lusa

Já o Presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, acrescenta que esta medida pode prejudicar a continuidade das rotas comerciais com estas cidades.

"A TAP dá um péssimo exemplo, e se a TAP não quer a região, vai chegar um momento em que a região também não vai querer a TAP e o mercado vai funcionar. Esse é um perigo que a TAP também corre", atesta o autarca, acrescentando que não estão em causa "rotas para cidades escondidas no meio de duas montanhas", mas sim "rotas para cidades absolutamente centrais da Europa, e com as quais temos até relações de vários níveis, com a universidade, com a atividade económica em geral".

Por outro lado, a Câmara Municipal do Porto “desvaloriza” a suspensão dos quatro voos do Porto, já que "as cidades de Barcelona, Bruxelas, Milão e Roma são ligadas à cidade através de outros operadores".

O Presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, defende que não haverá um "impacto negativo" se existirem, como contrapartida, reforços com destinos que mais interessem à região.

"A suspensão de quatro voos internacionais a partir do Porto não terá um impacto significativo desde que sejam reforçadas as ligações que mais interessam à região”, afirma Guilherme Pinto à Lusa.

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