Greve dos Enfermeiros coloca sob pressão serviços de saúde no Algarve
Porto Canal (DYP)
A paralisação de três dias por parte dos enfermeiros ameaça os serviços de saúde do Algarve na próxima quinta-feira. Começou esta terça-feira o primeiro dos três dias de paralisação dos enfermeiros em Lisboa e Vale do Tejo prosseguindo amanhã no Alentejo e no próximo dia 13 no Algarve.
O Sindicato prevê que o Algarve seja a zona que poderá sentir mais problemas no serviço de saúde devido à presença de muitos turistas,nacionais e internacionais e ainda das temperaturas altas das últimas semanas.
José Carlos Martins, coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), adiantou ao Diário de Notícias que "a insatisfação é muito profunda e todos têm motivos para fazer greve".
O coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) reconhece que o maior impacto de greve poderá ser no Algarve pois nesta altura a população duplica de 700 mil pessoas para cerca de 1,5 milhões, colocando os serviços de saúde sobrecarregados .
Numa outra perspectiva, Pedro Nunes, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, que considera "lamentável fazer uma greve em Agosto no Algarve" uma vez que "estão a registar mais de mil episódios por dia, quando o normal são 600 e 800 por dia no pico da gripe. Por esta altura do ano temos um segundo pico. Temos dias com 1100 a 1200 urgências" e explicou ainda que "não há razão nenhuma em relação ao centro hospitalar que justifique esta greve. São questões financeiras, que todos nós sofremos".
No final do mês serão ainda marcados mais dois dias de greve para a região Norte e para a zona Centro, os motivos são os mesmos passando pela ausência de uma proposta para actualizar a grelha salarial e rdem imediata para que os enfermeiros com contrato individual de trabalho passem a ganhar 1200 euros.
A Administração Central do Sistema de Saúde diz estar "surpresa" com a marcação da greve, uma vez que continuam em curso as negociações.