Meio milhar de manifestantes do Movimento de Emigrantes Lesados do Grupo Espírito Santo (GES) não aceitaram a proposta do Novo Banco relativamente à devolução das poupanças investidas e protestaram esta segunda-feira, percorrendo toda a baixa de Lisboa, com destino à sede do Novo Banco.

Actualizado 11-08-2015 12:03

A PSP tentou impedir que os manifestantes tivessem acesso à rua Barata Salgueiro, os manifestantes não fizeram caso e prosseguiram com o protesto cortando assim a Avenida da Liberdade , em Lisboa .

Vários foram as frases e palavras ouvidas por parte dos lesados, mas o lema para a procura da solução referente ao dinheiro investido era "aqui, como em Paris , todos unidos".

Para Carlos , emigrado no Luxemburgo, os emigrantes "é que são os prejudicados, que andaram uma vida inteira a trabalhar, a fazer as poupanças no estrangeiro, a tentar ajudar o país quando estava na crise e agora querem roubá-los. É esse o agradecimento que eles nos fazem" e adianta ainda que "O senhor Pedro Passos Coelho disse que os lesados não eram bem-vindos quando se foram manifestar a São Bento. Agora o senhor Ricciardi, o amigo dele, Dias Loureiro e o senhor Coimbra, de Campo de Besteiros eram bem-vindos"

O Banco de Portugal esclareceu que "as propostas vinculativas recebidas no dia 30 de junho continuam integralmente válidas, tendo sido entretanto objeto de clarificações no âmbito das discussões havidas com cada um dos três potenciais compradores".

Cerca de 2.500 é o número de clientes do Novo Banco que adquiriram papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) aos balcões do Banco Espírito Santo (BES) no montante total de 527 milhões de euros que ainda não foram reembolsados.