TAP: CDS apela à "serenidade" e "responsabilidade" do PS

| Política
Porto Canal / Agências
Lisboa, 11 jun (Lusa) - O CDS apelou hoje à "serenidade" e sentido de "responsabilidade" do PS na privatização da TAP, vincando que os socialistas sempre a defenderam quando estiveram no Governo, mas que, agora, na oposição, colocam-na em causa.

Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo deputado do CDS Hélder Amaral, após o Conselho de Ministros ter anunciado a decisão de vender a TAP ao consórcio Gateway, liderado pelo norte-americano e brasileiro David Neeleman, que está associado ao português Humberto Pedrosa (da Barraqueiro), rejeitando pela segunda vez a proposta de Germán Efromovich (dono da Avianca).

Confrontado com a ameaça hoje reiterada pelo PS de fazer reverter este processo se vencer as próximas eleições, Hélder Amaral afirmou ter "dificuldade em compreender" os socialistas em matéria de privatização da TAP.

"Estou confiante que as decisões do Governo serão estáveis e para manter, e que o PS será responsável nessa matéria. Tenho alguma dificuldade em perceber um partido que, quando é Governo, desde 1998, sempre quis privatizar ou fundir a companhia - inscrevendo a privatizando no memorando da 'troika' e nos vários PEC [programas de estabilidade e crescimento] -, mas venha agora colocar o processo em causa", apontou o dirigente democrata-cristão.

Hélder Amaral disse que partidos como o PS "não podem dizer uma coisa quando estão no Governo e outra quando estão na oposição".

"Espero que a responsabilidade e a serenidade imperem no PS. Estou convencido que o PS será um partido responsável", insistiu.

O deputado do CDS considerou que o processo de privatização é única via para "garantir o presente e o futuro" da transportadora aérea nacional.

"Outros objetivos do processo passaram pela manutenção de Portugal como plataforma estratégica [hub] na relação com a América Latina e África e, por outro lado, que a proposta aceite deveria ser aquela que garantisse capitalização à companhia. A única solução para garantir o presente e o futuro da companhia foi esta que o Governo encontrou", sustentou o deputado democrata-cristão eleito pelo círculo de Viseu.

PMF // ZO

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