Catarina Martins acusa Cavaco Silva de lançar a campanha eleitoral PSD/CDS

| Política
Porto Canal / Agências
Lisboa, 10 jun (Lusa) -- A porta-voz do Bloco de Esquerda Catarina Martins acusou hoje o Presidente da República de "lançar a campanha PSD e CDS" no discurso do 10 de junho e de não se dirigir aqueles mais sacrificados com a austeridade.

"Com meio milhão de postos de trabalho destruídos, com salários cortados, pensões cortadas, com pobreza crescente, pobreza infantil crescente, Cavaco Silva não tem uma única palavra para as pessoas que mais sacrificadas foram nestes quatro anos, e pelo contrário, hoje aparece não como um Presidente da República, mas sim Aníbal Cavaco Silva a fazer um discurso para lançar a campanha eleitoral de PSD e CDS", afirmou Catarina Martins aos jornalistas à margem de uma iniciativa na Feira do Livro de Lisboa.

A porta-voz bloquista aproveitou também para lembrar que "há quatro anos o Presidente da República fez um discurso a dizer que Portugal não aguentava mais sacrifícios, que os portugueses não podiam ser mais sacrificados".

Catarina Martins falou aos jornalistas na Feira do Livro de Lisboa, onde o partido teve uma iniciativa de contacto com a população para "dar conta da preocupação que o Bloco de Esquerda tem com a forma como a cultura foi tratada nestes anos".

Acompanhada pelos dirigentes Mariana Mortágua e Pedro Filipe Soares e por militantes do BE, Catarina Martins transmitiu também aos presentes algumas propostas do partido para a próxima legislatura na área da cultura, entre as quais a recuperação do Ministério da Cultura, o aumento do investimento para 1% do PIB, ou preços mais acessíveis e dias gratuitos de entradas em museus, teatros e monumentos.

"E é preciso parar de criminalizar a partilha de conteúdos culturais na Internet, perseguindo que de facto não é um crime quando não tem nenhum fim comercial, acabando com uma taxa da cópia privada que é completamente anacrónica", defendeu ainda a dirigente do BE, acrescentando também que "é preciso chamar à responsabilidade as indústrias que vivem da distribuição de conteúdos culturais e que nunca pagam um tostão ao setor nuclear da cultura que permite a sua existência".

FZM // PJA

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