Concentração e obrigação. Foram as duas palavras mais repetidas por Julen Lopetegui ao longo da conferência de imprensa de antevisão do FC Porto-Gil Vicente (domingo, 19h15, Estádio do Dragão), da 32.ª e antepenúltima jornada da Liga NOS. O técnico espanhol garantiu que a equipa está concentrada em realizar uma boa exibição, até pela obrigatoriedade de somar os três pontos frente a um adversário que joga melhor longe de casa.

“Teremos de ser capazes de dar a resposta adequada, até porque temos a obrigação e a necessidade de vencer. Estamos concentrados em fazer um bom jogo, para superar um adversário que precisa de pontos para ficar na Liga e que, por isso, nos vai colocar muitas dificuldades”, referiu Lopetegui. O foco dos Dragões está, portanto, “no que têm de fazer frente ao Gil Vicente”, uma equipa que, na análise do treinador, “é mais perigosa fora do que no seu campo”. “Temos de estar concentrados em vencer esse jogo. Não somos capazes de controlar o que se passa nos outros jogos. Somar os três pontos é o nosso objectivo e a nossa obrigação”, acrescentou.

Convidado a eleger “o campeão justo”, Lopetegui preferiu não responder, garantindo que o FC Porto vai tentar fazer é “ganhar os três jogos” que restam na competição: “Ainda há nove pontos para disputar e os três primeiros são este domingo. É a nossa obrigação e é o que queremos”, garantiu o técnico espanhol, que se recusou a fazer um balanço desta temporada.

Lopetegui assegurou ainda que no plantel do FC Porto não se pensa em “objectivos individuais mas sim colectivos”, relativizando o facto de Jackson Martínez poder revalidar o título de melhor marcador da Liga NOS, numa altura em que leva um golo de vantagem sobre o benfiquista Jonas. “Este não é o momento de balanços nem de avaliações individuais. Não temos pressa de acabar a época, ainda temos trabalho para fazer”, rematou.

O regresso de Cristian Tello aos treinos também foi tema da conferência de imprensa. O treinador espanhol admitiu que o extremo espanhol pode voltar aos convocados para o jogo deste domingo, “se continuar a evoluir como até agora”, mas não deixou de lamentar as lesões que, em determinados momentos da época, afectaram o jogador: “É óbvio que as ausências acontecem e afectam. O Tello foi o melhor jogador da Liga em Março. Mas o nosso trabalho é fazer com que outro jogador possa desempenhar bem o lugar que ele deixou”.