Tragédia migratória é "emergência europeia" - MNE Itália

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Porto Canal / Agências

Luxemburgo, 20 abr (Lusa) -- O ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Paolo Gentiloni, afirmou hoje que a tragédia migratória no Mediterrâneo é "uma emergência europeia", e não apenas de Itália, que exige "uma resposta europeia".

"O que acontece é uma emergência que diz respeito a todos, ao continente e à nossa forma de vida. É necessária uma ação da União Europeia (UE) face aos traficantes de seres humanos", disse Gentiloni à chegada ao Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros europeus no Luxemburgo.

O ministro frisou que Itália assume "dois terços da imigração irregular que chega à UE pelo Mediterrâneo" para defender: "Não pode ser algo que recaia unicamente sobre a Itália. Não se trata de ajudar a Itália, mas de ajudar a Europa".

Um naufrágio ocorrido no fim de semana no Canal da Sicília pode ter feito entre 700 e 900 mortos, segundo números avançados por alguns dos 28 sobreviventes resgatados pela guarda costeira italiana.

"Não é sustentável uma situação em que há uma emergência europeia à qual se responde unicamente com recursos e compromissos italianos", disse.

O ministro explicou que Roma espera da UE compromissos e o reforço das operações europeias de vigilância do Mediterrâneo, Frontex e Triton.

"O que está em jogo é a reputação da UE. A tragédia torna-o evidente. Faltam respostas e compromissos", afirmou, acrescentando que "com uma dotação económica suficiente podia patrulhar-se o mar de maneira eficiente e podia-se salvar e resgatar as pessoas".

As palavras do ministro italiano seguem as intervenções do primeiro-ministro, Matteo Renzi, que hoje voltou a insta a UE a não deixar a Itália sozinha face ao problema da crise migratória.

Numa entrevista à rádio RTL, Renzi voltou a pedir uma cimeira europeia extraordinária sobre imigração: "Pedi à Europa que na quinta-feira, depois de todas as reuniões, se dedique um conselho europeu ao problema dos imigrantes".

O primeiro-ministro italiano declarou-se, por outro lado, contrário a "bloqueios navais" em águas internacionais, para identificar potenciais refugiados, o que, considerou, "seria fazer um favor aos traficantes".

Renzi admitiu no entanto avaliar a realização de "bloqueios" em águas líbias, sob supervisão e mandato das Nações Unidas e autorização da Líbia.

MDR // VM

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