Funchal, Madeira, 01 abr (Lusa) - O presidente da Assembleia de Apuramento Geral das eleições da Madeira, Bruno Ramalho, disse esta terça-feira que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) deverá assumir o lapso que retirou a maioria absoluta ao PSD o mais tardar até esta quarta-feira.

"Esse foi um lapso informático da CNE, alheio ao funcionamento da Assembleia de Apuramento Geral, alheio ao presidente da Assembleia de Apuramento Geral, e que a CNE irá assumir publicamente, salvo erro até amanhã [hoje, quarta-feira], o mais tardar. Caso não o faça, o presidente da Comarca da Madeira irá proferir uma declaração nesse sentido", declarou Bruno Ramalho, no final da reunião da assembleia de apuramento, que se prolongou até cerca das 23 horas.

"O que sucedeu foi um erro no processo, no que diz respeito ao sistema informático da CNE, no apuramento da aplicação do método de Hondt, ou seja, em vez de ir buscar os votos do Porto Santo e da Madeira, calculou o método de Hondt apenas com os votos da Madeira", explicou, considerando, no entanto, que a Assembleia de Apuramento não foi enganada.

"Não poderemos dizer enganado, mas sim, foi um lapso que nos afetou a nós na Assembleia de Apuramento Geral, mas que felizmente conseguimos detetar a tempo de ser corrigido ainda hoje", realçou.

O primeiro edital afixado nas instalações do representante da República na Madeira retirava o 24.º deputado ao PSD, e consequentemente a maioria absoluta, e atribuiu mais um deputado à CDU.

O erro foi detetado pouco depois, quando a maioria dos representantes dos partidos já tinha abandonado o local, no Palácio de São Lourenço, havendo já festejos por parte da CDU.

Quando o segundo edital foi afixado, depois das 22 horas, os resultados reiteraram a maioria absoluta do PSD, conforme anunciado na noite das eleições. A CDU manteve também apenas os dois deputados apurados no domingo.

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