Plano estratégico do Caixabank prevê rentabilidade de 12% em 2017

| Economia
Porto Canal / Agências

Barcelona, Espanha 03 mar (Lusa) - O plano estratégico 2015-2018 do banco catalão Caixabank prevê obter uma rentabilidade entre 12 e 14% (atualmente é de 3,4%) e uma contenção de custos capaz de colocar o rácio de eficiência abaixo dos 45%.

O presidente do Caixabank, Isidre Fainé, e o administrador executivo, Gonzalo Gartazar, apresentaram as linhas gerais do plano estratégico na tarde de segunda-feira, numa sessão em que a informação ficou embargada até às 8:00 de hoje (7:00 em Lisboa).

O plano, que visa colocar o banco catalão como "líder em confiança e rentabilidade", assenta em cinco pilares estratégicos: focar o negócio no cliente (qualidade de serviço e reputação), gerir ativamente o capital, liderar a digitalização da banca, formar e manter a equipa e conseguir uma rentabilidade recorrente acima do custo do capital.

"No final do ano a rentabilidade no grupo Caixabank não era satisfatória. A rentabilidade sobre recursos próprios tangíveis (RoTE, em inglês) era de 3,4% em 2014 e queremos que se multiplique por quatro, para que a partir de 2017 nos situemos numa faixa entre os 12 e os 14%", disse Gonzalo Gortazar.

O responsável acrescentou que será "uma viagem longa e difícil" rumo a esse objetivo.

"Como o vamos fazer? Com crescimento das receitas, contenção de custos e descida dos aprovisionamentos", explicou.

Assim, o banco catalão espera um crescimento das receitas ao ano de 5,7% ao ano, com um aumento zero dos custos ao longo de quatro anos.

"Um congelamento dos custos durante quatro anos é uma tarefa excecionalmente difícil, mas com um crescimento anual das receitas quase nos 6% e com aumento zero dos custos isso vai permitir-nos um rácio de eficiência abaixo dos 45% no ano 2018", declarou Gonzalo Gortazar.

Por outro lado, o Caixabank espera "uma descida muito importante" dos custos associados ao risco do negócio. "Temos um balanço bem aprovisionado, temos rácios acima da média do mercado e prevemos uma recuperação económica em Espanha com um crescimento entre os 2 e os 2,5% nos próximos anos", realçou.

Isso permitirá ao banco catalão ter um custo do risco, ou seja os aprovisionamentos sobre os empréstimos, se situe abaixo dos 0,5%.

"Atuando nestas três grandes vertentes, acreditamos que podemos alcançar esse grande objetivo de quadriplicar a rentabilidade nos quatro anos", concluiu.

Gonzalo Gortazar explicou que "as alavancas" para o aumento das receitas são "uma plataforma de distribuição única" em Espanha, que passa por uma "liderança na banca móvel" e uma "estrutura de supermercado financeiro que é líder e única".

Por outro lado, os mais de 5.250 balcões do banco têm gastos gerais médios de 288 mil euros cada um, um valor abaixo da concorrência em Espanha. E o banco tem menos empregados por cada balcão do que a média do setor em Espanha e na Europa.

Isidre Fainé recordou, por sua vez, que o Caixabank é o primeiro banco de retalho em Espanha, com 13,9 milhões de clientes (um em cada quatro espanhois é cliente do banco catalão), e que tem um capital de confiança junto dos clientes em Espanha, essencial para atingir estes objetivos.

"Nenhum cliente do Caixabank alguma vez perdeu um único cêntimo das suas poupancas, nem durante a guerra civil espanhola", realçou Fainé, que comparou o banco - em história e posicionamento - ao norte-americano Wells Fargo.

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