PCP diz que Portugal deve "preparar a eventualidade da saída da moeda única"

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 23 mai (Lusa) - O deputado do PCP Honório Novo considerou hoje que o país deve "preparar a eventualidade da saída da moeda única" europeia, defendendo estarem "perante os olhos dos portugueses" as consequências da União Económica e Monetária para os "países periféricos".

"A União Económica e Monetária (UEM) e a moeda única foram introduzidas à revelia de todos os estudos. Era inevitável produzirem estes efeitos e choques assimétricos, em prejuízo dos países periféricos, menos desenvolvidos. E vão repetir-se ciclicamente. Advertimos o país para a necessidade de estudar e refletir sobre estas questões e preparar a eventualidade da saída da moeda única porque os custos não serão piores ou mais degradantes que a situação que vivemos", disse.

Após a declaração política do parlamentar comunista, em sessão plenária da Assembleia da República, o líder da bancada do BE, Pedro Filipe Soares, concordou que "muitos dos avisos, que foram feitos por várias áreas políticas, acabaram por se materializar".

"A moeda única está a agudizar muitos dos problemas que a Europa tinha. Há desigualdades que não foram resolvidas, pelo contrário. Europa ainda é resgatável pelos seus povos?", questionou o deputado bloquista.

Honório Novo frisou que a eventual decisão de saída da UEM não implica a saída da União Europeia e que, "hoje e sempre, passará por uma posição clara do povo nesse sentido", e criticou o "quadro de degradação económica e social" e a "visível e notória desagregação governamental".

"Não vos acompanhamos na sugestão implícita de saída da moeda única ou da zona euro. Não são as dificuldades que devem levar ao abandono do sonho europeu. O facto de vivermos hoje em crise não nos leva à desistência do projeto europeu, mas antes a lutarmos por uma Europa com mais instrumentos de combate à crise e de retorno dos estados-membros ao crescimento económico", discordou o deputado socialista António Braga.

O parlamentar do PSD António Rodrigues condenou o facto de Honório Novo estar a utilizar argumentos de "há 15 anos", acrescentando que o grupo parlamentar comunista "é incapaz de ver que o Mundo mudou" e "só está preocupado com o seu ?cliché' de 1996" e "o seu conservadorismo".

HPG // PGF

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