Este é o ponto de viragem na Grécia após seis anos de recessão

| Economia
Porto Canal

A Comissão Europeia (CE) considera que 2014 marca o ponto de viragem para a Grécia que, depois de seis anos de recessão, vê a sua economia a entrar, finalmente, na recuperação, impulsionada pelo consumo privado e exportações.

Ainda assim, e segundo o documento das previsões do outono, hoje divulgadas, a previsão da CE é de um crescimento modesto este ano (de 0,6% do PIB), depois da recessão de 3,3% do PIB no ano passado e das quedas de 6,6% e de 8,9% nos anos anteriores.

Para 2015 e para 2016, as previsões da Comissão Europeia apontam para um crescimento de 2,9% e 3,7% respetivamente.

Esta recuperação terá, segundo a CE, um impacto no desemprego na Grécia - o mais elevado da UE - que deverá descer este ano para os 26,8% (era 27,4% em 2013), com novas quedas para 25% e para 22% nos próximos dois anos.

Um forte crescimento nas exportações (mais 5,3% este ano) paralelamente a um muito moderado aumento nas importações (de apenas 0,4% este ano) está a impulsionar o crescimento económico do país.

Algo que acaba por ter efeito imediato nas contas públicas com o défice a passar dos 12,2% em 2013 para 1,6% este ano e para apenas 0,1% em 2015, com o cofre do Estado a registar um excedente (de 1,3% do PIB) já em 2016.

Também deverá cair a dívida bruta do Estado, que era de 174,9% do PIB no final de 2013 e deverá cair este ano para 175,5%, descendo para 168,8 e para 157,8% do PIB em 2015 e 2016.

Na sua análise a CE refere que a economia grega registou uma recuperação menor do que a esperada no primeiro semestre mas que, na segunda metade deste ano, regista dados mais positivos.

Entre os riscos que se mantém, a CE refere-se às apertadas condições de crédito e à absorção dos fundos europeus e do BEI, algo que é um lastre para a economia, que, por outro lado, beneficia da expansão em setores como o turismo e os transportes.

“O crescimento do PIB da Grécia poderá vir mais fraco do que prevê se a incerteza na aplicação das políticas tiver um efeito mais forte do que o previsto na confiança e no investimento, ou se os acontecimentos geopolíticos tiverem um maior do que o esperado impacto na região”, refere a CE.

“No geral, o balanço de riscos aponta para o lado negativo, uma vez que a incerteza é significativa para os próximos meses”, sublinha.

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