O prazo para os investidores aceitarem a contrapartida de 5,01 euros por ação da Espírito Santo Saúde (ESS) no âmbito da OPA da Fidelidade terminou hoje às 15:30, hora em que a cotação seguia nos 4,933 euros.

Depois de ter alcançado os 4,971 euros no início da manhã, o preço unitário das ações da ESS acabou por baixar até aos 4,933 euros, um valor que fica praticamente oito cêntimos abaixo da contrapartida oferecida na oferta pública de aquisição lançada pela Fidelidade sobre a ESS.

Assim, às 15:30, o valor de mercado da ESS estava fixado nos 471,3 milhões de euros, menos 7,4 milhões de euros do que os 478,7 milhões de euros a que correspondem a oferta da Fidelidade.

Durante o dia (até à hora em que terminava o prazo da OPA), foram transacionados quase 91 mil títulos da ESS. Um número reduzido quando comparado com os mais de 4 milhões de papéis da ESS que mudaram de mãos na sessão bolsista de 20 de agosto, no dia seguinte ao grupo mexicano Ángeles ter anunciado ao mercado o lançamento de uma OPA, com uma contrapartida de 4,30 euros.

O apuramento dos resultados da operação será feito em sessão especial de bolsa da Euronext Lisbon, já agendada para quarta-feira (15 de outubro), após o fecho do mercado, contando com a presença do presidente executivo da Fidelidade, Jorge Magalhães Correia.

Na segunda-feira, o Conselho de Administração da ESS considerou "aceitável" a contrapartida de 5,01 euros por ação oferecida pela Fidelidade na OPA lançada sobre a empresa.

Na última sexta-feira, a Rioforte, 'holding' do Grupo Espírito Santo (GES) que controla a maioria do capital da ESS através da Espírito Santo Health Care Investments, anunciou ter aceitado vender a participação de 51% que detinha na empresa à Fidelidade, por 5,01 euros.

Isto, depois de na quinta-feira passada, a Fidelidade ter revisto em alta o valor oferecido na OPA sobre a ESS, de 4,82 euros para 5,01 euros.

Os mexicanos da Ángeles e a José de Mello Saúde também avançaram com OPA sobre a ESS mas, entretanto, as mesmas ficaram sem efeito.

Já a proposta do UnitedHealth Group (UHG) feita diretamente à Rioforte, para um negócio a realizar fora de bolsa, caiu por determinação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).