Presidente do Instituto de Saúde do Porto diz que caso de Ébola em Espanha se deveu a falha de segurança

Presidente do Instituto de Saúde do Porto diz que caso de Ébola em Espanha se deveu a falha de segurança
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Porto Canal

O presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto defendeu hoje que o contágio de uma enfermeira espanhola com Ébola terá resultado de uma rutura no protocolo de segurança, mas considerou que casos semelhantes serão escassos.

"Sabemos pouco, provavelmente deve ter havido uma rutura no protocolo de segurança, [mas] não há sistemas de segurança completamente impossíveis de terem falhas", afirmou Henrique Barros à margem da abertura da 1ª. edição do Programa Doutoral em Saúde Pública Global, que decorre na Universidade do Porto.

Para este investigador e médico, é preciso "saber o que correu mal" e "que barreira foi quebrada" para que a auxiliar de enfermagem espanhola que atendeu o missionário Manuel Garcia Viejo, vítima mortal de Ébola no dia 25 de setembro, tenha sido contagiada.

Admitindo que o caso poderá repetir-se, Henrique Barros sublinhou que essa possibilidade é escassa.

"Haverá alguns casos, porque há evacuação de [locais onde existem] doentes -- que esteve na base do que aconteceu em Espanha -, mas serão seguramente muito poucos casos", afirmou, sublinhando não ser "de todo previsível" que as características do vírus mudem completamente.

O presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto defendeu ainda que Portugal está a tomar todas as medidas que existem para prevenir a "entrada" da doença no país, mas admitiu que, "provavelmente, será necessário uma maior preocupação com os viajantes que possam ter passado por zonas onde a situação está muito presente".

O caso da auxiliar de enfermagem espanhola doente, anunciado na segunda-feira pelas autoridades de saúde locais, constitui o primeiro caso de contágio de Ébola na Europa, embora o vírus já tenha provocado a morte de mais de 3.000 pessoas na África Ocidental.

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