Ébola: Sindicatos espanhóis de enfermagem denunciam situações de risco

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Porto Canal / Agências

Madrid, 07 out (Lusa) - O Sindicato dos Técnicos de Enfermagem (SAE) espanhol denunciou hoje as situações de risco que enfrentam estes profissionais de saúde, apontando o caso do contágio com Ébola de uma auxiliar de enfermagem em Madrid.

Em comunicado, o SAE lamenta a infeção pelo vírus "que sofreu Teresa, colega técnica em cuidados de enfermagem", e recorda o risco permanente a que estão sujeitos os profissionais de saúde.

"Este triste caso demonstra que os técnicos de enfermagem são os profissionais mais próximos do paciente e, como tal, quem maior contacto tem com ele, cobrindo as suas necessidades e cuidados básicos, o que com demasiada frequência os expõe a situação de risco como, lamentavelmente, ficou demonstrado", refere a nota.

Para Dolores Marínez, secretária-geral da SAE, este risco "não está reconhecido nem é valorizado pela administração", sendo urgentes melhores condições de segurança para os profissionais de saúde.

Mais dura foi a Federação de Associações de Saúde Pública (FASP), que exigiu a demissão da ministra da Saúde, Ana Mato, por considerar que fez uma "gestão desastrosa e irresponsável" da crise do vírus do Ébola.

"Este acontecimento é de enorme gravidade e denota a irresponsabilidade deste Governo, que sempre tomou decisões nas costas dos profissionais, mais preocupado em beneficiar a indústria sanitária do que em potenciar o sistema de saúde público", refere a federação em comunicado.

A FASP recorda que já tinha alertado para os riscos associados à repatriação para Espanha dos dois missionários contagiados com o vírus do Ébola, respetivamente na Libéria e na Serra Leoa.

Em causa, prossegue a federação, está "o desmantelamento da unidade de infeciosos" do único centro que podia responder a esta doença - o Hospital Carlos III - e que já "nem sequer dispunha de um laboratório, "pelo que as secreções infetadas dos pacientes tinham que ser transferidas diariamente para o Hospital La Paz".

A auxiliar de enfermagem espanhola infetada com o Ébola em Madrid, o primeiro caso de contágio fora de África, está desde a madrugada de hoje isolada no hospital Carlos III, onde contraiu o vírus.

Fontes médicas confirmaram que a enfermeira se encontra com febre, mas "estável", na ala do hospital em que atendeu as duas vítimas mortais espanholas de Ébola, dois missionários transferidos de África.

A mulher foi transferida do Hospital de Alcorcon - onde duas análises realizadas na segunda-feira confirmaram o contágio - para o Carlos III, um centro especializados em doenças infeciosas.

O seu marido, cujo teste deu negativo numa primeira análise ao vírus do Ébola, também já foi transferido para o Hospital Carlos III onde está também isolado e sob vigilância epidemiológica.

ASP // JPS

Lusa/fim

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