Câmara da Maia reuniu com o Governo para colocar um ponto final no problema da VCI

| Norte
Catarina Cunha

Em entrevista exclusiva ao Porto Canal, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira disse que “os municípios vizinhos não parecem estar particularmente preocupados”, quanto ao aumento do tráfego na Via de Cintura Interna (VCI). O Porto Canal questionou o Município da Maia, que defendeu por escrito que "o Dr. Rui Moreira não se estava a referir à Maia", visto que a cidade tem estado “empenhada na solução do problema” e na “correção de injustiças”, sobretudo no que toca à Circular Externa do Porto – vulgarmente conhecida como CREP.

A autarquia justifica que “tem estado na linha da frente” contra a decisão de colocação de pórticos na CREP, por causa das “consequências” que a medida representa “para a mobilidade da região”.

Como tal, no passado mês de julho, o Município esteve reunido em Lisboa com o ministro das Infraestruturas, João Galamba, “para lhe solicitar que ordenasse a resolução do problema”. “O senhor ministro mostrou-se interessado” e “prometeu estudar” o caso, destaca.

Porto Canal

António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal do Porto

A autarquia conta também que o ministro revelou-se “preocupado com a perda de receita da IP (Infraestruturas de Portugal), o que não deixa de ser um sinal muito preocupante quanto à prioridade que a tutela atribui ao problema da VCI”.

A Câmara Municipal acrescenta ainda que a ideia de “construir circulares exteriores, portajá-las e continuar a permitir vias livre, em direção ao centro de grandes cidades é muito pouco inteligente” e, principalmente, “um enorme desperdício de recursos”.

Recorde-se que, no final do mês passado, o autarca de Gondomar, Marco Martins, em entrevista exclusiva ao Porto Canal, comentou que também tem apresentado soluções para este ‘quebra-cabeças’.

 

Soluções para a mobilidade da Área Metropolitana do Porto

Por causa do ‘boom’ de trânsito na VCI, foi criado em 2021 um grupo de trabalho integrado pela Câmara Municipal do Porto, Matosinhos e Maia, e a IP, para encontrarem pontos de melhoria para aquela estrada.

A autarquia maiata recorda três das propostas apresentadas que, aliás, constam do relatório final e ainda permanecem na ‘gaveta’, por falta de resposta do Governo.

Relativamente à CREP, o concelho entende que “de forma a garantir a equidade territorial, deverá ser elaborado, com a celeridade possível, um estudo que avalie a remoção de pórticos entre a Autoestrada A28 e a Autoestrada A3, nomeadamente os pórticos localizados entre a Estrada Nacional 13 e a Estrada Nacional 14”.

Esta hipótese, “tem que fazer parte da solução para a VCI”, vinca o Município, completando que ao excluir a “remoção dos pórticos da A41, qualquer solução que venha a ser implementada será pífia e não resolverá o problema a contento dos interesses da mobilidade geral da região”.

O Município apresentou também “esquemas para a implementação de três novos nós de ligação à rede de alta prestação da Área Metropolitana do Porto: Ligação da A28 ao IC1, melhorando o acesso ao Centro de Logística de Cargas Aérea do Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro; A41 ao IC24, potenciando uma melhor ligação à Área de Acolhimento Empresarial Maia II; A3 ao IP1, permitindo uma melhoria na acessibilidade das empresas e população em geral”. É ainda sugerida “a reformulação do nó da A3 com a estrada da Circunvalação”.

Reveja aqui a entrevista exclusiva de Rui Moreira ao Porto Canal.

 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 

Uma publicação partilhada por Porto Canal (@porto.canal)

+ notícias: Norte

Matosinhos. GNR detém suspeito de capturar aves de forma ilegal

A GNR deteve um homem em Matosinhos, no distrito do Porto, suspeito de capturar aves através de recurso a alçapões, redes e chamarizes, e resgatou 52 pássaros de espécies que se encontravam em cativeiro, foi esta quinta-feira anunciado.

Projeto “Vai-me à Loja”. Câmara da Feira investe 892 mil euros para modernizar comércio

Santa Maria da Feira vai aplicar 892.000 euros do programa Bairros Digitais na evolução do projeto “Vai-me à Loja”, com vista à modernização digital de 200 estabelecimentos de comércio, serviços, alojamento e restauração no centro histórico do concelho.

Permanece incerto custo da futura Póvoa Arena

Ainda não está definido o valor total da empreitada em torno da futura Póvoa Arena, obra que esteve parada durante dois anos. Os trabalhos foram adjudicados por 8,7 milhões de euros. O empreiteiro estimou que os custos poderiam sofrer um incremento de três milhões de euros. Neste momento, já há 614 mil euros em “erros e omissões”.