Câmara do Porto admite fazer obras no STOP caso proprietários não o façam

| Porto
Ana Francisca Gomes e Ana Rita Cristóvão

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, admitiu, esta terça-feira, poder intimar os proprietários do Centro Comercial STOP a realizar obras no espaço. O autarca disse ainda que se estes não as efetuarem, a autarquia pode fazê-las e depois “entrar num modelo de arrendamento forçado”.

“Quais são os passos seguintes? Nós temos um processo urbanístico a decorrer que deverá estar resolvido em setembro e até lá não podemos fazer mais nada. O Ministério da Administração Interna informou ontem que no entendimento da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil nada pode ser feito - o que nos surpreende. Só a partir daí é que nós podemos de alguma forma avançar para obras no Centro Comercial STOP intimando aí sim os proprietários a fazer as obras. Se os proprietários não puderem/quiserem fazer, teremos de ser nós a fazê-las e entrar num modelo de arrendamento forçado”, respondeu Moreira quando questionado sobre o facto da reabertura do STOP com horário reduzido e presença dos bombeiros ser apenas temporária.

Poucos dias após o encerramento das lojas, o município admitiu a reabertura destes espaços com um horário reduzido e com a presença de uma equipa de bombeiros. Proposta já aceite pelo administrador do edifício.

Fonte municipal contactada esta quarta-feira pelo Porto Canal frisou, no entanto, que a câmara só assumiria as obras em última instância. Opção que, à luz dos últimos desenvolvimentos, não está em cima da mesa.

Já na última reunião do executivo municipal, na passada segunda-feira, Rui Moreira disse que o Ministério da Cultura manifestou disponibilidade para declarar a utilidade pública do edifício - um dos factores necessários para que a autarquia possa tomar posse administrativa.

Há mais de uma semana, a 18 de julho, mais de uma centena de lojas do centro comercial Stop foram seladas pela Polícia Municipal “por falta de licenças de utilização para funcionamento”, justificou a Câmara Municipal do Porto.

Numa conferência de imprensa no dia após a selagem destas lojas, Rui Moreira explicou que seria ilegal a câmara fazer as obras necessárias no espaço, porque o edifício não lhe pertence e que a compra ou arrendamento do espaço é inviável.

Sobre a possibilidade de a autarquia intervir no edifício para que ali se mantenha "todo o ecossistema" atual, o autarca explicou que essa hipótese é ilegal, uma vez que "a câmara não pode fazer obras no que não é seu".

+ notícias: Porto

Cortejo da Queima das Fitas condiciona arruamentos da Baixa do Porto esta terça-feira

Milhares de estudantes preparam-se para invadir as ruas do Porto nesta terça-feira para o tradicional cortejo da Queima das Fitas, marcado para começar às 14h01. Apesar de começar apenas à tarde, a festa estudantil promete animar a Baixa da cidade durante praticamente todo o dia, com vários arruamentos interditos logo pela manhã.

Novos condicionamentos de trânsito na Avenida da Boavista durante a noite até quinta-feira

Entre esta segunda-feira e a próxima quinta-feira, dia 9 de maio, serão realizados trabalhos de fresagem e pavimentação na Avenida da Boavista, no período das 22h00 às 06h00, no âmbito do metrobus. Os trabalhos vão focar-se na camada de desgaste do pavimento do lado norte, entre a rua de Azevedo Coutinho e o posto de gasolina da BP, incluindo os cruzamentos das ruas do Beato Inácio de Azevedo e de São João de Brito.

Câmara do Porto avança com reabilitação de imóveis na rua de Cedofeita

A reabilitação dos três edifícios adquiridos em fevereiro de 2022 pela Câmara do Porto na rua de Cedofeita deverá arrancar no segundo semestre deste ano, fruto de um investimento de 6,1 milhões de euros, avançou esta segunda-feira a autarquia.