Santa Maria da Feira, 20 mai (Lusa) - O líder da Federação de Aveiro do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou hoje que não há um Partido Socialista de José Sócrates ou de António José Seguro, mas um só, independentemente do seu secretário-geral.

"Este não é o partido só de Mário Soares, de António Guterres, de José Sócrates ou de António José Seguro. Só há um PS e chama-se Partido Socialista", acentuou Pedro Nuno Santos logo no início da sua intervenção do comício dos socialistas em Santa Maria de Lamas, no município de Santa Maria da Feira.

Após fazer um rasgado elogio ao "número um" do PS às eleições europeias, Francisco Assis, considerando que ele é "o melhor" cabeça de lista que o seu partido poderia ter escolhido, Pedro Nuno Santos fez um ataque cerrado à atual política económica e financeira definida pela União Europeia e seguida pelo Governo português.

De acordo com o líder da Federação de Aveiro do PS, Portugal teve nos últimos três anos "um Governo no lado errado da barricada" e o país nunca pôde contar com o seu primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Entre outras críticas, Pedro Nuno Santos disse que o Governo PSD/CDS teve a preocupação de "não falhar com o pagamento de um cêntimo aos credores", mas fez "um ´hair cut´" aos salários e pensões dos portugueses.

"De Pedro Passos Coelho ninguém esperaria que fizesse tremer as pernas dos banqueiros alemães, nunca ninguém lhe pediu tanto, mas pedia-se ao primeiro-ministro algum patriotismo e alguma coragem na defesa dos interesses de Portugal", afirmou, recebendo uma prolongada salva de palmas.

Já na parte final da sua intervenção, o líder do PS/Aveiro trouxe à memória a expressão "jamais" do ex-ministro socialista Mário Lino, mas para a aplicar ao Governo PSD/CDS.

"No próximo dia 25 temos de dizer ´jamais', não mais à mentira, ao empobrecimento e à subserviência", declarou o deputado socialista.

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