25 de Abril: Oposição queixa-se de ter sido impedida de falar na Assembleia da Madeira

| Política
Porto Canal / Agências

Funchal, 25 abr (Lusa) -- Os partidos da oposição na Assembleia Legislativa da Madeira queixaram-se hoje de terem sido impedidos de discursar na sessão solene do 25 de Abril, que teve apenas a intervenção do presidente do órgão e do orador convidado.

Nesta sessão solene, que contou com a presença dos deputados do PSD, CDS, PS e PAN e ausências dos representantes do PTP, PND, MPT e PCP, apenas discursou o presidente do parlamento, Miguel Mendonça, e o orador convidado, o professor catedrático, Viriato Soromennho Marques.

Para o responsável da bancada do CDS, Lopes da Fonseca, "no aspeto político, só temos de nos queixar internamente", apontando a "inércia do Governo Regional que nos últimos 35 anos governou, 'musculadamente', e que, mais uma vez se revelou, nesta cerimónia".

O deputado centrista realçou que o partido propõe que todas as representações com assento parlamentar pudessem intervir na sessão, "mas a maioria não concordou".

"Nós já estamos habituados, aqui na Madeira, que o Governo Regional, nomeadamente o presidente do Governo Regional, imponha a sua maioria musculada, e nós já estamos sarados destas feridas, e penso que em 2015, finalmente a ferida vai ficar sarada definitivamente", referiu.

Também a líder parlamentar do Partido Trabalhista Português (PTP), Raquel Coelho, ironizou a forma como decorreu a sessão, ironizando que foram "chamados os civis a serem os oradores principais desta celebração e os deputados dos partidos são colocados à margem".

"Os que são os representantes do povo, eleitos democraticamente, são excluídos de poder fazer o uso da palavra e manifestarem as suas opiniões neste dia tão importante do 25 de abril", sublinhou a deputada.

Por isso, devido ao modelo adotado, segundo Raquel Coelho, o partido decidiu "não celebrar comemorações que são apenas para branquear a ação do PSD, para mostrar que são feitas apenas para mostrar que o PSD é democrata".

Por seu turno, o líder parlamentar do PS, Carlos Pereira, classificou de "cínico" o discurso do presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, que tinha por objetivo "esconder o fracasso da autonomia dos últimos anos".

"Nós tínhamos a expectativa de que pudéssemos de facto contar com uma sessão aberta, uma sessão plural, e uma sessão onde fosse possível de facto viver a Democracia e viver o 25 de Abril, porque o que nós assistimos aqui foi, para já, um discurso cínico do senhor presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, um discurso que pretendia basicamente esconder aquilo que é o fracasso da Autonomia dos últimos anos".

No seu entender, a alocução de Miguel Mendonça foi "um discurso que levou para muito longe os problemas que estão a afetar os madeirenses, ou seja, como se reparou, resolveu falar da Europa, do mundo, quase de Marte, mas não falar da Madeira, e isso é lamentável."

AMB (JYCA) // PJA

Lusa/fim

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