Sindicato da Construção diz que Câmara do Porto vai remover amianto da cidade

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Porto Canal / Agências

Porto, 28 fev (Lusa) -- O presidente do Sindicato da Construção de Portugal, Albano Ribeiro, disse hoje que a Câmara do Porto pretende remover, "no imediato", o amianto existente na zona das Eirinhas e fazer "uma intervenção faseada" no resto da cidade.

O sindicalista falava à Lusa no fim de uma reunião com o vereador da Habitação da autarquia, Manuel Pizarro, destacando também ter recebido a garantia do socialista quanto à reabilitação das casas dos "bairros mais antigos, que não têm condições habitacionais".

A reabilitação urbana era outro dos temas da agenda de Albano Ribeiro, segundo o qual, "a Câmara disse, e muito bem, que o Estado tem de avançar para intervir" nesta área, que permitiria criar "30 mil postos de trabalho no Porto" e "80 mil em todo o país".

"Em relação à questão do amianto, vai já haver uma intervenção no imediato, ao lado do Hospital Joaquim Urbano, onde há placas que estão partidas e isso é um problema para a saúde pública. O vereador foi clarinho e diz que nas Eirinhas, ao lado hospital, é já no imediato que a Câmara vai intervir", adiantou o presidente do sindicato.

Alertando existirem na cidade "milhares de quilómetros de amianto que ameaçam a saúde pública", Albano Ribeiro disse ter recebido do vereador da Habitação a indicação de que "vai haver uma intervenção faseada no tempo".

"A saúde pública está ameaçada. Estão a ser libertadas fibras de amianto devido ao seu adiantado estado de degradação. Todo o fibrocimento que se encontra em mau estado deve ser removido por equipas especializadas, salvaguardando qualquer possibilidade de exposição a este tipo de material", defende o sindicato, numa nota distribuída à comunicação social.

Quanto aos bairros sociais "construídos após o 25 de Abril [de 1974]", Albano Ribeiro sustentou que "muitos não têm condições de habitabilidade", uma vez que "o anterior presidente da Câmara apenas pintou as casas por fora".

"A Câmara também vai intervir nesses bairros mais degradados", disse o sindicalista.

Alertando que o Porto tem "seis mil casas" a precisar de "intervenção urgente", Albano Ribeiro indicou ter sido recebida do secretário de Estado Sérgio Monteiro a garantia de que "a reabilitação urbana é prioritária".

De acordo com o presidente do Sindicato da Construção, a recuperação destas habitações criaria "30 mil postos de trabalho" e permitiria ao Porto "voltar a ser a cidade do trabalho".

"Em todo o país, 80 mil postos de trabalho seriam criados se a reabilitação urbana for uma prioridade como disse o secretário de Estado", acrescentou Albano Ribeiro, esperançado de que a aposta no setor possa fazer regressar a Portugal os "150 mil trabalhadores" da construção que emigraram em 2013.

ACG // JLG

Lusa/fim

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