Câmara de Viana contra aumentos "brutais" das rendas nos bairros sociais da cidade

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Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 28 fev (Lusa) - A Câmara de Viana do Castelo vai contestar junto do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) os aumentos "brutais" das rendas, para mais do dobro, e a falta de obras nos três bairros sociais da cidade.

A posição, hoje revelada pelo município, resulta de um voto de protesto apresentado pela vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, e aprovado em reunião do executivo, liderado pelo PS, relativamente à situação das várias dezenas de famílias que vivem nos bairros sociais geridos pelo IHRU na Meadela, Monserrate e Darque.

Contactados pela Lusa, alguns moradores relataram terem sido confrontados nas últimas semanas com significativos aumentos de rendas que, em alguns casos, passam de menos de 100 euros por mês para quase 300 euros. Nestes bairros corre mesmo um abaixo-assinado contestando os novos valores das rendas em vigor.

De acordo com fonte do executivo municipal, este voto protesto recorda que, embora "há já uns anos devesse vigorar o regime da renda apoiada no cálculo das rendas" a aplicar a estes moradores, "só recentemente o IHRU decidiu cessar com a aplicação do regime da renda social", passando a "aplicar a todos" o regime da renda apoiada.

A autarquia confirma que "diversos moradores" destes três bairros estão a receber "comunicações" do IHRU sobre aumentos de renda que "em muitos casos duplicam o valor" já este ano, anunciando "novos aumentos idênticos para 2015 e 2016", numa situação que "pode ser incomportável para a generalidade das famílias", face aos "seus escassos rendimentos"

Além disso, uma parte destas habitações está "em más condições de conservação, algumas com infiltrações de água quando chove e enormes humidades", e "sem que haja qualquer intervenção com obras urgentes e indispensáveis".

O município justifica este voto de protesto com "estes brutais e injustos aumentos de renda a famílias de escassos rendimentos", alertando em simultâneo para as "más condições de habitabilidade" nestes bairros. Reclama ainda que "só depois de efetuadas as intervenções necessárias", exigidas há vários anos, "se proceda à aplicação do regime da renda apoiada".

PYJ // MSP

Lusa/fim

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