Especialista em alterações climáticas avalia riscos do litoral - Ministro Ambiente

| Política
Porto Canal / Agências

Vila Nova de Gaia, 25 fev (Lusa) - O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, revelou hoje ter convidado Filipe Duarte Santos, "um dos maiores especialistas mundiais em alterações climáticas", para coordenar a equipa que vai avaliar a estratégia de gestão da zona costeira nacional.

"É importante que se possa fazer uma avaliação da estratégia de gestão integrada das zonas costeiras para perceber se algumas dinâmicas não comportam novos riscos. Por isso, convidei o professor Filipe Duarte Santos para coordenar a avaliação da estratégia de gestão integrada da zona costeira", adiantou o ministro em declarações aos jornalistas junto a uma praia de Gaia, onde esteve a avaliar os efeitos do mau tempo.

De acordo com o ministro, a intenção é que esta avaliação inspire "os novos planos de ordenamento da orla costeira, que entrarão em revisão em 2014/2015 e que vão definir os termos de referência para os novos Planos de Ação do Litoral (PAL)".

"Achei relevante que Filipe Duarte Santos, um dos maiores especialistas mundiais em alterações climáticas, pudesse coordenar uma equipa que não deve apenas olhar para a questão hidrológica e hidrográfica, para a questão do ordenamento do território, mas também para a relação das alterações climáticas com o litoral", explicou o governante.

Isto porque, alertou o ministro, "Portugal é um dos países com maiores vulnerabilidades às alterações climáticas", tendo atualmente "25% da orla costeira sob erosão e 75% sob risco de perda de algum território".

Jorge Moreira da Silva recordou que o atual PAL "está a ser concretizado até 2015", havendo necessidade de "encontrar um novo plano, que deve beneficiar de uma avaliação de riscos".

"É isso que queremos fazer em relação a alguns pontos mais vulneráveis: avaliar se a estratégia que tem sido seguida é a mais adequada", justificou.

Para o ministro, "o que este ano revelou é o que será um padrão cada vez mais frequente: o agravamento de fenómenos climáticos extremos".

"Não podemos olhar para zona costeira de forma estática e não dinâmica", acrescentou.

O ministro alertou que tal "não é pretexto para adiar ações que há muito tempo se reclamavam".

O atual PAL contempla 300 milhões de euros destinados a 303 intervenções em locais "vulneráveis" da costa.

ACG // JAP

Lusa/fim

+ notícias: Política

Governo responde a Marcelo. "Não está em causa nenhum processo" para reparação do passado colonial

O Governo afirmou este sábado que “não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com o propósito” de reparação pelo passado colonial português e defendeu que se pautará “pela mesma linha” de executivos anteriores.

Passado colonial português. Chega vai apresentar na AR voto de condenação a Marcelo

O Chega vai apresentar na próxima semana, na Assembleia da República, um voto formal de condenação ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e às declarações que proferiu sobre a reparação devida pelo passado colonial português, anunciou o partido.

Ministro da Agricultura acusa anterior Governo de desperdiçar PRR e alerta contra “radicalismo verde”

O ministro da Agricultura acusou este domingo o anterior Governo de ter “desperdiçado a oportunidade” de usar a totalidade dos fundos do PRR à disposição de Portugal, e alertou para o que chamou de “radicalismo verde” contra os agricultores.