Rui Rio surpreendido com "falhas" da governação

| Política
Porto Canal com Lusa

Borba, Évora, 19 dez (Lusa) -- O presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje que o Governo tem revelado "falhas" nas áreas da segurança, defesa ou saúde, situação que não acreditaria que surgissem nesta altura da governação.

"Tem falhas [Governo] aos mais diversos níveis que eu, sinceramente, pensei que iam aparecer, isso é evidente, mas não tão cedo quanto estão a aparecer. Portanto, os maus resultados da governação estão a aparecer mais cedo do que aquilo que eu próprio imaginava que viesse a acontecer, pensei que ia demorar mais", disse Rui Rio.

O líder do PSD, que falava aos jornalistas no quartel dos Bombeiros Voluntários de Borba (Évora), após ter também visitado o local do acidente onde ocorreu há um mês a derrocada na Estrada Municipal 255, tendo provocado cinco mortos, considerou ainda que "era suposto" o Governo nesta altura estar a passar por um período de paz social.

"Um Governo, cuja governação aponta inequivocamente para o presente e não para o futuro, dando a distribuir o que tem rapidamente e a acautelar o presente e depois o futuro alguém que venha e feche a porta, era suposto, que nesta altura tivesse paz social e, enfim, o contentamento das pessoas", disse.

"[O Governo] enfrenta uma onda de greves como não há memória recente em Portugal, pelo menos numa situação em que a economia ainda cresce. Se é assim no presente quando tudo fizeram para o presente como será no futuro quando estivermos num ciclo baixo da economia", questionou.

Relativamente às manifestações sob o lema "Vamos Parar Portugal", marcadas para sexta-feira em diversos pontos do país, Rui Rio rejeitou em declarações aos jornalistas que estejam relacionadas com as "falhas" que apontou à governação.

"Uma coisa é nós de uma forma democrática e civilizada alertarmos como eu estou a alertar, coisa completamente diferente é tentar aproveitar este descontentamento social para depois ter manobras de ordem política de extrema-direita ou seja o que for, para isso não contam comigo de certeza absoluta, não estou cá para isso", afirmou.

Sobre a expectativa em relação à manifestação, Rui Rio desconhece a dimensão que a mesma possa vir a ter.

"Eu não me parece que se consiga em Portugal, que é um povo ordeiro, não vou já dizer à escala do que aconteceu em França, mas, enfim, a uma escala para lá do razoável. Eu acho que não há força para isso", disse.

O líder do PSD considerou ainda "positivo" a suspensão dos protestos dos bombeiros e dos enfermeiros no decorrer dos próximos dias.

HYT // ZO

Lusa/Fim

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

25 de Abril. Eanes afirma que PCP tentou estabelecer regime totalitário

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou esta sexta-feira que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.