Rui Rio considera legítimo que população "não confie" no Estado em matéria de segurança

| Política
Porto Canal com Lusa

Borba, Évora, 19 dez (Lusa) -- O presidente do PSD considerou hoje legítimo que os portugueses desconfiem da capacidade do Estado para garantir a segurança, recordando os casos recentes de Tancos, o acidente de Borba e a queda da aeronave em Valongo.

"Neste momento é legítimo que a população portuguesa como um todo não confie na capacidade do Estado para garantir a sua segurança. O expoente máximo até pode ser se calhar Tancos, é o expoente máximo, digamos assim, é tocar na debilidade do Estado ao nível da segurança de uma forma quase incompreensível", disse, Rui Rio.

O líder do PSD, que falava aos jornalistas no quartel dos Bombeiros Voluntários de Borba (Évora), após ter também visitado o local onde ocorreu há um mês a derrocada na estrada 255, tendo provocado cinco mortos, recordou ainda que nos últimos tempos ocorreram outras situações nas quais o Estado tem de "responder" às populações.

"Mas, depois [do caso de Tancos] sucederam-se muitas situações, a questão do próprio helicóptero, a questão aqui de Borba que rigorosamente faz hoje um mês e isto não é da responsabilidade da oposição, não é da responsabilidade das câmaras municipais, seja do que for. Em primeiro lugar tem de estar o Estado a responder por isto", defendeu.

"Nunca na história recente de Portugal o Estado falhou tanto quanto está a falhar neste momento e o Governo que temos é este e não é outro e, portanto, o Governo tem de responder por todas estas situações, independentemente de poder ter mais responsabilidade direta ou menos num caso ou noutro", acrescentou.

Sobre o acidente com um helicóptero do INEM, em Valongo, distrito do Porto, em que morreram quatro pessoas, Rui Rio afirmou que é um caso "notório" em que "falharam" na assistência, logo após a queda da aeronave, ao passo que em Borba os contornos são outros", considerando que existem ainda um conjunto de situações técnicas que "é preciso apurar".

"Ainda, recentemente, tivemos a demissão de um diretor da CP que alertou para o perigo da segurança ao nível dos comboios, por exemplo. São situações diferentes desta aqui [Borba] que é uma estrada que, enfim, deveria ter sido cortada e não foi cortada", considerou.

"O alerta que eu faço e este é inequívoco e sem demagogia nenhuma, que não é nada o meu estilo, o Estado está a falhar e muito, e está a falhar nesta altura em que o Governo é este e não é outro já há três anos", acrescentou.

Um mês depois, a estrada 255 entre Borba e Vila Viçosa, onde aconteceu a derrocada e o deslizamento de terras, permanece fechada, a aguardar uma avaliação.

HYT (RRL) // ZO

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