Governo português aguarda "consequências" do inquérito do embarque de sírios na Guiné-Bissau
Porto Canal / Agências
Lisboa, 24 dez (Lusa) - O Governo português reiterou hoje que o "embarque forçado" de passageiros sírios por coerção de autoridades guineenses é "inaceitável", e aguarda que sejam retiradas as "consequências" e que seja garantido que situações semelhantes não se repetirão.
A posição do Ministério dos Negócios Estrangeiros português foi expressa, em comunicado, após ter sido informado pelas autoridades da Guiné-Bissau das conclusões da comissão de inquérito sobre "o grave incidente de segurança" ocorrido no aeroporto de Bissau, no dia 10 de dezembro, que apontam para o envolvimento direto ministro do Interior do Governo de transição guineense, António Suca Ntchama.
"O Governo português reitera que o sucedido - o embarque forçado, através de pressão e coerção por parte de autoridades guineenses sobre funcionários da TAP, de 74 passageiros com documentação reconhecidamente falsa numa aeronave portuguesa com destino a Lisboa - é absolutamente inaceitável", declarou o ministério de Rui Machete.
"Portugal aguarda ainda que as autoridades guineenses retirem todas as necessárias ilações e consequências do ocorrido, incluindo, conforme anunciado, a responsabilização dos intervenientes no processo. Também ainda não foi cabalmente garantido que situações similares não se poderão repetir no futuro, questão essencial no nosso processo de reavaliação sobre a existência de condições de segurança no aeroporto de Bissau para a retoma da rota", sublinha o comunicado do ministério.
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