Portugueses confundiram ataque com rodagem de filme de Tom Cruise

Portugueses confundiram ataque com rodagem de filme de Tom Cruise
| País
Porto Canal com Lusa

Alguns portugueses que vivem perto da Avenida dos Campos Elísios descreveram à Lusa o aparato policial que se concentrou numa zona onde, há poucos dias, decorreram filmagens cinematográficas e a perplexidade de mais um ataque terrorista dias antes das eleições presidenciais.

Quando ouviu o helicóptero a sobrevoar o seu prédio, Frederico Oliveira pensou que fosse a continuação da rodagem de mais uma sequela do filme Missão Impossível, porque dois dias antes aí tinha estado uma equipa de filmagem.

"Há dois dias já estava aqui por cima da minha rua e nos Campos Elísios um helicóptero a dar voltas e nessa altura era por causa do filme que está a fazer o Tom Cruise, o Missão Impossível. Fui lá perguntar o que se passava e eles não me disseram diretamente mas que era qualquer coisa de grave, que era para a gente não ir em direção aos Campos Elísios", contou o porteiro.

Frederico Oliveira, que vive a cerca de 100, 150 metros da avenida, foi então para casa e disse que não tem medo porque não foi atingido "diretamente", mas face aos ataques terroristas em Paris já considerou regressar a Portugal.

Também Lídia Ramos pensou que se tratava de mais filmagens cinematográficas mas a polícia, os bombeiros e os jornalistas fizeram-na rapidamente mudar de ideias.

"O meu homem disse que o helicóptero era porque o Tom Cruise estava a rodar um filme. E foi aí que vi muita polícia sempre a subir, sempre a subir pelos Campos Elísios", contou a porteira que vive perto da avenida, afirmando que "isto mete medo".

Aline Pereira também vive a poucas centenas de metros da avenida e anda "um bocado assustada com tudo o que se está a passar".

"Durante uma boa hora estiveram sempre carros praticamente da polícia a passar e continua o helicóptero a sobrevoar a zona (?) A gente ouve estas coisas e claro que fica um bocado assustada", contou a porteira que vive em Paris há 10 anos.

Mónica Pereira também ouviu "os carros da polícia, o helicóptero que anda para trás e para diante, as pessoas a passar a correr - algumas, nem todas - e os comércios a fecharem".

"Quando fui lá fora os comerciantes estavam a dizer que a polícia estava a dizer para ninguém sair à rua", contou a portuguesa de 39 anos que vive há quatro em Paris.

Um polícia foi morto e dois ficaram gravemente feridos hoje à noite quando um homem disparou contra o veículo em que seguiam na avenida dos Campos Elísios, no centro de Paris.

O atacante foi morto por outros agentes da polícia francesa e um transeunte foi também atingido.

O Presidente francês, François Hollande, que convocou um Conselho de Segurança para sexta-feira de manhã, afirmou que o caso está a ser investigado pela secção antiterrorista da procuradoria de Paris e que as pistas que poderão conduzir a investigação "são de ordem terrorista".

Entretanto, o grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou já o ataque, através de um comunicado divulgado pelo órgão de propaganda do EI, a Amaq.

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