PS decidirá em "tempo oportuno" sobre eventual comissão de inquérito sobre estaleiros de Viana

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 28 nov (Lusa) - O líder parlamentar do PS, Alberto Martins, disse hoje que o partido decidirá "em tempo oportuno" uma posição sobre uma eventual comissão de inquérito sobre os estaleiros de Viana, como o autarca local pretende.

"Vamos analisar os últimos desenvolvimentos, dados, consequências, resultados, e oportunamente iremos tomar as posições que considerarmos mais adequadas", declarou o líder parlamentar socialista aos jornalistas no parlamento.

Alberto Martins falava depois de uma reunião com o presidente da Câmara de Viana do Castelo, o socialista José Maria Costa, que pretende a abertura de uma comissão de inquérito sobre o caso dos estaleiros.

"Vim cá ao grupo parlamentar do PS para solicitar uma comissão de inquérito para este caso, porque acho que este é um caso de polícia", disse José Maria Costa esta manhã aos jornalistas.

Alberto Martins diz que o PS "em tempo oportuno" tomará as "opções mais adequadas para defender uma causa justa que é a causa dos estaleiros de Viana, do interesse estratégico nacional e oposta às soluções adotadas" pelo Governo.

Os 609 trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) vão ser despedidos até janeiro de 2014, processo que vai custar ao Estado cerca de trinta milhões de euros em indemnizações, disse à agência Lusa fonte ligada ao processo de subconcessão.

Em causa está a adjudicação à Martifer da subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos ENVC, que anunciou a criação, no período de três anos, de 400 postos de trabalho, mantendo a atividade de construção e reparação naval na região.

Este processo deverá estar concluído até janeiro, altura em que a Martifer, indicou fonte daquele grupo privado português, prevê assumir a subconcessão, que vigorará até 2031.

Por esta subconcessão, segundo a mesma informação, o grupo pagará 415 mil euros por ano, envolvendo a mesma "única e exclusivamente", a utilização dos terrenos, edifícios, infraestruturas e alguns equipamentos afetos.

O concurso da subconcessão, anunciado em abril pelo Governo, previa em paralelo o encerramento da empresa e o despedimento dos trabalhadores.

Esta foi a solução definida pelo Governo português depois de encerrado o processo de reprivatização dos ENVC, devido à investigação de Bruxelas às ajudas públicas atribuídas à empresa entre 2006 e 2011, não declaradas à Comissão Europeia, no valor de 181 milhões de euros.

PPF (PYJ) // SMA

Lusa/Fim

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.