PS aponta "confissão" do Conselho de Finanças Públicas de que falhou previsões
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 02 mar (Lusa) - O líder parlamentar do PS salientou hoje que o Conselho de Finanças Públicas fez uma "confissão" de que "falhou" nas suas previsões de défice em 2016 e apontou várias entidades que se têm especializado em "maus augúrios".
Carlos César falava no final da reunião semanal da bancada socialista, numa ocasião em que se referiu ao teor de uma entrevista hoje divulgada pelo jornal "Público" com a presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, na qual esta professora universitária também defende que o défice desceu no ano passado com "medidas que não são sustentáveis".
No entanto, sobre o teor desta entrevista de Teodora Cardoso ao jornal "Público", o presidente do Grupo Parlamentar do PS tirou a seguinte conclusão: "Vejo a confissão do Conselho de Finanças Públicas de que falhou na sua previsão em relação ao défice para 2016".
"Pelos vistos, ainda há organismos de especialistas que demonstram, em primeiro lugar, que os especialistas falham e, em segundo lugar, embora enganosamente, que há milagres na economia", declarou, usando então a ironia.
Para Carlos César, o Conselho de Finanças Publicas, "tal como em algumas ocasiões a OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] ou o Fundo Monetário Internacional (FMI), têm-se especializado em maus augúrios para o país".
"Mas, para felicidade de todos nós, têm falhado. O país hoje está confrontado com resultados muito positivos em matérias de crescimento económico, aumento do investimento, aumento do consumo interno e das exportações, ao mesmo tempo que foram criados mais de cem mil postos de trabalho líquidos ao longo do último ano", contrapôs o presidente dos socialistas.
Ainda de acordo com o líder da bancada socialista, Portugal apresenta agora "índices de confiança que não têm paralelo nos últimos anos".
"Portanto, o país vai vivendo de bons resultados e é importante que se continue a investir na confiança dos empresários, no crescimento económico e na sustentabilidade da nossa economia", acrescentou.
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