Barroso rejeita antecipar cenários e diz que UE não está contra competitividade da Alemanha

| Economia
Porto Canal / Agências

Bruxelas, 13 nov (Lusa) - O presidente da Comissão Europeia rejeitou hoje antecipar conclusões sobre a análise à situação macroeconómica alemã, sublinhando que "a Europa não está contra a competitividade" da Alemanha, mas que esta "pode fazer mais" para apoiar o crescimento europeu.

"O que estamos a lançar é um procedimento de análise aprofundada que é praticamente automático", afirmou José Manuel Durão Barroso, em Bruxelas, durante a conferência de imprensa de arranque do semestre europeu de 2014, ao lado do comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, e do comissário do Emprego, Lázló Andor.

Barroso especificou que os indicadores mostram que a Alemanha "ultrapassou os limites indicativos" em vários níveis económicos e que, "numa aplicação objetivo do novo modelo [europeu] de governação económica", é "inevitável lançar esta análise aprofundada".

"Isto não deve ser entendido como se a Europa estivesse contra a competitividade da Alemanha, pelo contrário, é muito bom para a Alemanha e para a Europa, sendo a sua maior economia, que a Alemanha se mantenha como um país tão competitivo e níveis de exportação e crescimento destes, se posso dizer gostaríamos até de ter mais 'Alemanhas' na Europa", declarou, depois de questionado pelos jornalistas sobre eventuais sanções a Berlim pelo seu 'superavit'.

O mais importante, sublinhou o chefe do executivo comunitário, é "analisar as consequências internas na zona euro destes desequilíbrios", e acrescentou "não podemos nesta altura estar a especular sobre os resultados desta análise, esse é um exercício para os especialistas e não vou fazer nenhum comentário sobre os resultados porque acho que isso não seria justo se queremos fazer uma análise objetiva".

Por outro lado, Barroso assinalou que "a Alemanha pode fazer mais para ajudar ao crescimento" a nível europeu, "designadamente abrindo mais o setor dos serviços".

"A Alemanha tem sido o país mais beneficiado pelo mercado interno devido aos seus elevados padrões de especialização, à sua forte base industrial e ao seu nível tecnológico, mas há outros países que têm outras especialidades", acrescentou.

José Manuel Durão Barroso referiu ainda, tal como Olli Rehn, que os elevados níveis de crescimento da Alemanha podem gerar "um desequilíbrio estrutural" e que "esta análise é necessária".

ATF// ATR

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