Canadá aberto a renegociar tratado de livre comércio com Trump
Porto Canal com Lusa
Toronto, 10 nov (Lusa) -- O embaixador canadiano em Washington disse que o Canadá está aberto a renegociar o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA, na sigla em inglês) se essa for a intenção do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump.
O embaixador David MacNaughton sublinhou, na quarta-feira, numa teleconferência com jornalistas, que os EUA e o Canadá são os maiores parceiros comerciais de ambos os países.
"Estamos prontos para nos sentarmos à mesa", afirmou.
Trump manifestou a intenção de renegociar o NAFTA, que definiu como "o pior negócio da história".
MacNaughton disse que qualquer acordo pode ser melhorado, mas acrescentou que se o NAFTA fosse desfeito, o acordo original Canadá-EUA que o precedeu voltaria a entrar em vigor, afirmando tr dúvidas sobre se é isso que os norte-americanos pretendem.
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, falou com Trump na quarta-feira à noite para o felicitar pela vitória nas eleições presidenciais desta semana e convidá-lo para o visitar o Canadá.
Trump também convidou Trudeau para o visitar.
"O primeiro-ministro [do Canadá] e o Presidente eleito [dos EUA] reiteraram a importância das relações bilaterais entre o Canadá e os Estados Unidos e discutiram várias áreas de interesse mútuo", disse o gabinete de Trudeau.
O primeiro-ministro canadiano prometeu trabalhar com Trump e disse que o Canadá não tem aliado e parceiro mais próximo do que os Estados Unidos.
A abertura de Trudeau ao comércio, aos refugiados e às questões ambientais contrastam com as posições de Trump.
Algo positivo para o Canadá seria a aprovação do projeto que prevê a construção do oleoduto Keystone XL, entre Alberta e a costa do golfo norte-americano, rejeitado pelo atual Presidente dos EUA, Barack Obama.
Donald Trump vai ser o 45.º Presidente dos Estados Unidos depois de vencer a candidata do partido democrata, Hillary Clinton, nas eleições presidenciais disputadas na terça-feira.
Trump conquistou 289 mandatos eleitorais, contra 218 de Clinton, ultrapassando os 270 mandatos necessários para vencer a eleição.
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