Pedro Dias usa material policial para dar pistas erradas e 'escapa' da mira da GNR
Porto Canal (SYA)
O alegado assassino de Aguiar da Beira terá estado na mira de uma patrulha da GNR pouco depois de alegadamente ter cometido os crimes a 11 de outubro, adianta o Correio da Manhã (CM), enquanto que o Jornal de Notícias (JN) expõe que o mesmo terá usado caderno do agente que poderá ter morto para dar pistas falsas e escapar mais facilmente.
Pedro Dias já se encontrou na iminência de ser capturado pelo menos duas vezes. Uma aconteceu quando escapava com uma carrinha Opel que roubara a uma vítima que agredira em Arouca. A GNR entrou em perseguição mas foi parado por um carro em estacionamento. o “piloto” escapou e acabou por abandonar a viatura numa localidade próxima, em Carro Queimado.
No entanto, pouco depois de ter cometido os crimes, o alegado assassino terá sido interceptado por uma patrulha da GNR. Cerca de três horas depois de cometer os crimes pelos quais é perseguido desde dia 11 de outubro, por volta das 11h30 da manhã desse dia, adianta a CM, uma patrulha da GNR terá feito paragem ao suspeito que seguia numa carrinha pickup. A operação de caça ao homem já decorria. O “piloto” parou e os militares tiveram-no na mira de uma metralhadora G3, no entanto, editaram em disparar pois tiveram dúvidas da identidade de Pedro Dias. Já circulava uma foto do suspeito, no entanto não era atualizada, encontrando-se ele agora mais gordo, com barba e mais cabelos brancos.
Depois desta situação, Pedro Dias terá arrancado a alta velocidade e pôs-se em fuga. Os agentes ainda o perseguiram durante 1,5 km, no entanto, ele acabou por abandonar a viatura e continuar a sua fuga pelo mato, a pé. Os agentes seguiram-no da mesma forma, local onde ocorreu o incidente do agente que se baleou a si próprio na perna, contratempo que fez com que perdessem o rasto ao suspeito.
O JN adianta ainda, sobre o caso, que na madrugada em que cometeu os crimes, Pedro Dias terá usado o caderno do guarda que faleceu para dar pistas falsas às autoridades. Neste caderno o agente mantinha matrículas suspeitas. Consta que o “piloto” terá obrigado o agente que sobreviveu a contactar a central e dar conta das mesmas matrículas para despistar as atenções da sua viatura. Depois disto tentou perceber com o mesmo agente quando polícias estariam no posto de Aguiar da Beira. Ele mentiu para salvar os colegas referindo câmaras de vigilância ligadas à sala de situação da GNR. Após isto Pedro Dias baleou o outro agente, que sobreviveu e conseguiu denunciar esta situação.
O suspeito encontra-se em fuga há 16 dias e, apesar de já ter “aparecido” algumas vezes, tem conseguido escapar às forças policiais.
O jipe furtado na Quinta do Portal em Sabrosa, cuja ligação com o piloto ainda não foi confirmada, continua desaparecido. Há quem acredita que tenha sido Pedro Dias, outros acham que alguém se anda a aproveitar da fuga deste que é o homem mais procurado do país para cometer crimes e passar despercebido.
A polícia não afasta a hipóteses do alegado assassino de Aguiar da Beira estar a ser ajudado por alguém.