António Costa 'abre a porta' a aumento de impostos indiretos
Porto Canal (SYM)
António Costa, atual Primeiro-Ministro, avança que os contribuintes portugueses vão pagar novas tributações, através do aumento de impostos indiretos, e que a pensão mínima poderá baixar. Em relação ao aumento de rendimentos a função pública, Costa apela à paciência e prevê mais capital para a Caixa Geral de Depósitos (CGD) em 2017.
Costa avança que os trabalhadores da Função Pública terão de aguardar até 2018 para receber o tão aguardado aumento das remunerações. Em entrevista ao jornal Público, o atual Primeiro-Ministro adianta ainda que serão tratadas "atualizações" e questões “relativamente às carreiras".
O 'chefe' do Executivo salienta que “é provável que no próximo ano haja também outra tributação indireta (…) Há outros impostos especiais sobre o consumo que dependem de escolhas individuais: produtos de luxo, tabaco, álcool“, conforme diz em entrevista, publicada esta segunda-feira, no jornal Público. Por considerar esta situação do país “favorável”, Costa admite ainda a possibilidade de reestruturar o valor da pensão mínima principalmente para aqueles que tem baixos rendimentos.
Sobre o Orçamento do Estado, Costa acredita que é necessário "prosseguir a reposição de rendimentos e a criação de condições para poder haver investimento”, porque, "tudo converge" e espera que, este ano, a economia portuguesa tenha um crescimento superior a 1%. Inicialmente o Orçamento previa um crescimento de 1,8% da economia, mas este valor foi atualizado em julho para 1,4%. Contudo, está tranquilo em relação aos resultados da execução de 2016.
A CGD só em 2017 terá um aumento de capital e este será "à medida das necessidades". António Costa acredita que a criação de "um veículo próprio para os ativos tóxicos dos bancos", tal como aconteceu em Itália e Espanha, pode ser opção para Portugal. Para os contribuintes há boas notícias em relação às tributações, visto que, ações e investimentos não trarão maiores encargos.
Em resumo à atual situação do país, acrescenta que, tem "vindo a fazer uma inversão da trajetória do crescimento, sustentada na criação de emprego, no aumento das exportações, nalguma recuperação da procura interna".