Alterações fiscais devem excluir imóveis para atividades económicas - Confederações

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 04 out (Lusa) -- As confederações empresariais pediram hoje ao Governo que "distinga claramente" os imóveis destinados a atividades económicas no novo imposto sobre o património imobiliário de valor mais elevado, lembrando que já são tributados através de outros impostos.

Numa nota enviada hoje às redações, as confederações Empresarial de Portugal (CIP), dos Agricultores de Portugal (CAP), do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e do Turismo Português (CTP) dão conta de que manifestaram ao Governo "uma posição conjunta contra o eventual agravamento da carga fiscal sobre os imóveis urbanos e rústicos".

As quatro confederações alertam o Governo para a necessidade de "distinguir claramente, numa eventual revisão dos impostos relativos ao património imobiliário, os casos dos imóveis destinados a atividades económicas produtivas e geradoras de investimento, riqueza e emprego, dos imóveis destinados a outras finalidades".

O Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) deverá incluir um novo imposto sobre o património imobiliário de valor mais elevado, uma medida que ainda não está fechada, mas que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, lembrou que estava inscrita no programa do Governo.

Alertando para "a especificidade" dos imóveis destinados a atividades económicas, os patrões afirmam que "os agentes económicos detentores dos imóveis já são visados fiscalmente por outras vias, nomeadamente em sede de IRS e de IRC".

As confederações sublinham ainda que esses mesmos imóveis "são inseparáveis das atividades económicas que desenvolvem, não se podendo pressupor que as mesmas possam ser praticadas de forma sustentada sem dispor destas infraestruturas imobiliárias".

Por outro lado, o Expresso noticiou no sábado que o Governo está a avaliar o aumento da tributação sobre o arrendamento local, que atualmente é de 5%, por forma a aproximá-lo ao regime que vigora para o arrendamento para habitação, cuja taxa de IRS suportada pelos proprietários é de 28%.

SP (ND)// ATR

Lusa/fim

+ notícias: Economia

Novas atualizações nas Taxas Euribor

A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira.

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.