'Troika' pode ir embora em Junho mas os problemas ficam cá - Seguro

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 31 out (Lusa) - O secretário-geral do PS sustentou hoje que Portugal terá problemas mais graves quando a 'troika' sair, em junho de 2014, do que quando chegou em maio de 2011, ideia fortemente contestada pelo primeiro-ministro.

António José Seguro abriu o debate parlamentar da proposta de Orçamento do Estado para 2014, na generalidade, na Assembleia da República, com um diagnóstico negro sobre os cortes na educação, na saúde, nos salários da função pública, nas reformas e nas pensões.

"Esta não é uma proposta de Orçamento do Estado, mas um plano de cortes para empobrecer o nosso país", advogou o líder socialista, alegando que o documento do Governo "não reflete qualquer estratégia de finanças públicas" para aumentar a competitividade económica ou para melhorar a coesão social.

"Este não é o primeiro nem o segundo Orçamento do Estado, mas o terceiro da responsabilidade do seu Governo. O primeiro-ministro insiste que este é o Orçamento do Estado que fechará a porta do nosso programa de assistência financeira. Quando o primeiro-ministro diz que a 'troika' (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia) se vai embora em junho de 2014, o PS diz-lhe daqui que a 'troika' vai-se embora mas os problemas ficam cá", contrapôs Seguro.

De acordo com António José Seguro, em junho de 2014 o país "terá mais problemas do que aqueles que tínhamos quando a 'troika' chegou cá".

Pedro Passos Coelho reagiu com um tom de voz elevado a esta ideia do secretário-geral do PS, perguntando-lhe diretamente: "Como é que o senhor deputado consegue dizer uma coisa dessas?".

"Tenha paciência. Está um país inteiro a esforçar-se para fechar um período extraordinário de emergência que os senhores [do Governo Sócrates] abriram e o senhor diz que vamos ficar pior depois de o fecharmos", exclamou o líder do executivo.

PMF // SMA

Lusa/fim

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