Turquia: União Europeia condena tentativa de golpe de Estado
Porto Canal com Lusa
Bruxelas, 16 jul (Lusa) -- A representante europeia para a política externa, Federica Mogherini, e o comissário europeu Johannes Hahn condenaram a tentativa de golpe de Estado na Turquia e reafirmaram o seu apoio às instituições democráticas do país.
"Condenamos a tentativa de golpe de Estado na Turquia e reiteramos o nosso total apoio às instituições democráticas do país", afirmam os dois representantes comunitários num comunicado conjunto, emitido hoje, citado pela agência espanhola Efe.
A Alta Representante da UE para a Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, o Comissário para o Alargamento e a Política Europeia de Vizinhança, Johannes Hahn, têm estado em contacto com as autoridades turcas e a acompanhar o desenvolvimento dos acontecimentos no país.
"Pedimos o fim do recurso à violência e que a polícia e as forças de segurança" mantenham a moderação e sentido de responsabilidade para evitar mais vítimas, afirmam Mogherini e Hahn, sustentando que "as tensões sociais só podem ser revolvidas através de um processo democrático".
Os dois responsáveis comunitários apelam a um "rápido regresso à ordem constitucional na Turquia, com os seus limites e equilíbrios e sublinham a importância de "o Estado de direito" e as "liberdades fundamentais" prevalecerem.
"A União Europeia mantém a sua solidariedade com a Turquia e com o povo turco", concluem.
A Turquia foi alvo de uma tentativa de golpe de Estado na sexta-feira à noite, mas o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, disse hoje que a situação no país "está completamente sob controlo".
O último balanço aponta para 161 mortos entre civis e forças leais ao presidente Recep Erdogan, 1.440 feridos e 2.839 militares revoltosos detidos.
Yildirim adiantou que 20 militares revoltosos morreram no decurso da tentativa de golpe de Estado, números que contrariam o balanço inicialmente avançado pelas Forças Armadas, que apontavam para 104 mortes de militares revoltosos, abatidos pelas forças leais ao presidente Erdogan.
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