Túnel do Marão facilita transporte de doentes e pode ajudar a contratar médicos

| Norte
Porto Canal com Lusa

Vila Real, 03 mai (Lusa) -- O Túnel do Marão vai melhorar as acessibilidades entre Trás-os-Montes e o litoral facilitando o transporte dos doentes e poderá ajudar na contratação de mais médicos para o interior, defendem entidades ligadas ao setor da saúde.

Sete anos depois do início da construção, a Autoestrada do Marão, que inclui um túnel rodoviário de 5,6 quilómetros e vai ligar Vila Real a Amarante, abre ao trânsito às 00:00 de domingo.

Para além de encurtar as distâncias entre o litoral e o interior, tornando a viagem mais rápida e segura, esta nova via pode trazer também vantagens para a área da saúde.

No Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que agrega os hospitais de Vila Real, Chaves, Régua e Lamego, uma das grandes dificuldades que é apontada é a contratação de mais médicos especialistas.

"Esta nova via poderá trazer grandes valias na contratação de mais profissionais de saúde, nomeadamente médicos e enfermeiros, uma vez que as deslocações entre litoral e interior serão realizadas com menor esforço e melhor acessibilidade", afirmou à agência Lusa João Oliveira, presidente do conselho de administração do CHTMAD.

O responsável acredita igualmente que "este túnel rodoviário trará benefícios em tempo e comodidade para os doentes que precisem dos cuidados de saúde do CHTMAD".

"A concretização do Túnel do Marão será sempre uma mais-valia quando se trata de minorar as diferenças entre regiões do país, sendo desta forma possível promover-se a garantia do direito de acesso universal e equitativo aos serviços públicos de saúde", frisou João Oliveira.

E, para Miguel Fonseca, responsável pela Proteção Civil Municipal de Vila Real e comandante dos bombeiros da Cruz Verde, no que diz respeito ao transporte de doentes, a nova autoestrada "traz grandes vantagens porque vai facilitar as acessibilidades para o Porto, que é um dos principais destinos dos doentes do concelho de Vila Real".

"Só por si traz vantagens no que diz respeito às associações, porque reduz efetivamente os custos dos transportes", salientou.

Mas, na sua opinião, esta nova infraestrutura "é também um desafio" para as organizações de socorro porque exige "uma reorganização e a aquisição de novos procedimentos".

"Obriga-nos a definir alguns planos novos porque é uma infraestrutura nova que nós até aqui não tínhamos. Não vejo como um problema, mas como um desafio que nos obriga a reorganizar e a adaptar novos hábitos e novos procedimentos", sublinhou.

Para se prepararem para intervir no túnel, 40 bombeiros de quatro corporações (Cruz Branca, Cruz Verde, Amarante e Vila Meã) realizaram uma formação no centro de formação "Tunnel Safety Testing" (TST), em Oviedo (Espanha), para testarem, num cenário real, o combate ao fogo em viaturas, a ventilação, busca e salvamento.

PLI // JGJ

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