Médicos admitem não trabalhar horas extraordinárias
Porto Canal (MYG)
Um referendo interno, que decorreu entre 15 e 22 de abril, revela que 97% dos médicos do Sindicato Independente admite recusar trabalho extraordinário. Os médicos do Sindicato impõem esta posição se o Governo não fizer a reposição dos pagamentos cortados desde 2013.
Os médicos exigem um limite de duzentas horas anuais em serviços como urgências, onde têm de estar disponíveis mais de 600 horas por ano que representa quatro vezes mais do que na restante Função Pública. Em 2013, com o Programa de Assistência Económica e Financeira, o preço das horas extra foi cortado para metade. O Sindicato Independente refere que o programa do Governo "assenta em virar a página da austeridade", mas que "os cortes na remuneração do trabalho extraordinário dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde mantêm-se".
O sindicato informa ainda que tomará as medidas adequadas e necessárias sobre esta matéria na reunião do seu Conselho Nacional, agendada para 20 de maio. O sindicato mostra-se disponível para, até essa data, "negociar uma reposição eventualmente faseada, não exigindo retroativos a 2015 e não exigindo neste momento a discussão da tabela salarial prevista no acordo assinado em 2012".