Partido no poder na Guiné-Conacri lidera resultados provisórios das legislativas

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Porto Canal / Agências

Conacri, 07 out (Lusa) -- O partido no poder na Guiné-Conacri segue à frente no escrutínio parcial provisório das eleições legislativas de 28 de setembro, cuja anulação foi pedida pela oposição, segundo resultados divulgados no domingo à noite.

Os dados divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral Independente apontam o Movimento do Povo Guineense, com 16 eleitos, à frente do escrutínio que teve por objetivo a eleição uninominal de 38 deputados, sendo os restantes 76 atribuídos proporcionalmente.

Uma semana após o escrutínio, a comissão eleitoral e os peritos internacionais que apoiam o processo eleitoral na Guiné-Conacri continuam a recusar fazer qualquer projeção sobre o resultado final das legislativas, as primeiras em mais de 10 anos.

Contudo, o partido no poder reivindica a vitória desde sexta-feira, assegurando ter a maioria garantida no futuro parlamento.

Dos 31 lugares já atribuídos, o principal partido da oposição, a União das Forças Democráticas da Guiné conquistou 12, a União das Forças Republicanas dois e a União para o Progresso da Guiné um, segundo a informação disponível no site da comissão eleitoral.

Estes três partidos reclamaram já a anulação do escrutínio invocando fraudes maciças e ameaçando apelar a manifestações caso a sua pretensão seja rejeitada, o que aumenta os receios de uma explosão de violência no país.

Desde o início do ano, meia centena de pessoas morreu em incidentes relacionados com o processo eleitoral.

A lentidão na publicação dos resultados das eleições fez aumentar a tensão entre os partidos, tanto mais que as circunscrições cujos resultados ainda não foram divulgados podem ser cruciais para o equilíbrio político na futura assembleia.

O objetivo destas eleições é sair da transição iniciada em dezembro de 2008, após a morte de Lansana Conté, Presidente do país durante quase 24 anos.

Após dois anos de transição caótica, sob domínio militar, o opositor histórico Alpha Condé tornou-se, em finais de 2010, o primeiro Presidente eleito democraticamente neste país de 11 milhões de habitantes, com uma história marcada pela violência política, militar e étnica desde a independência de França em 1958.

Condé, chefe do Movimento do Povo Guineense, bateu na segunda volta das eleições Cellou Dalein Diallo, chefe da União das Forças Democráticas da Guiné, que se tornou o seu principal opositor.

As legislativas deveriam ter lugar nos seis meses a seguir à investidura do novo Chefe de Estado, em dezembro de 2010, mas foram sucessivamente adiadas, com acusações de manipulação dos ficheiros eleitorais e com a comissão eleitoral a ser contestada.

Primeiro exportador mundial de bauxite, a Guiné-Conacri possui jazidas de ferro, ouro, diamante e petróleo, mas apesar dos recursos naturais a grande maioria dos seus habitantes vive abaixo do limiar da pobreza, segundo as Nações Unidas.

MLL (PCR/EO) // PNE.

Lusa/fim

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