Marcelo quer conciliação entre justiça social, crescimento e estabilidade financeira
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 24 jan (Lusa) - O Presidente da República eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje a conciliação entre justiça social, crescimento económico e estabilidade financeira, sustentando ainda que é tempo de moralizar a vida pública e combater a corrupção.
"Temos de conciliar justiça social com crescimento económico e estabilidade financeira", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, no discurso de vitória das eleições para a Presidência da República, no átrio da faculdade de Direito de Lisboa.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, o país tem de ser capaz de "crescer de forma sustentada, de gerar emprego, de corrigir injustiças sociais que a crise agravou" e tem de ser capaz de o fazer "sem comprometer a solidez financeira, pela qual tantos portugueses se sacrificaram ao longo do tempo".
"Em palavras simples e diretas, no tempo que aí vem a opção é clara: ou crescemos economicamente de forma sustentada, criando justiça social, combatendo a exclusão, a pobreza e a desigualdade, ao mesmo tempo que moralizamos a vida pública e atalhamos as corrupções, ou só contribuiremos para agravar as tensões sociais e os radicalismos políticos", defendeu.
O Presidente eleito sustentou que o tempo "não é fácil" em Portugal e globalmente, vivendo-se "um tempo de incerteza e de desafio, de imprevisibilidade, mas também porventura de oportunidade", que exige prudência, bem como preocupação e empenhamento social, de forma a "não frustrar legítimas expectativas".
Fazendo a transição para um tom de otimismo, Marcelo disse acreditar "que os próximos cinco anos não serão um tempo perdido", mas "um tempo de recuperação e de futuro".
"Foi em homenagem a esse propósito que me candidatei. É por isso que estou aqui. Por isso e porque acredito em Portugal. Por isso e porque confio nas portuguesas e nos portugueses. Por isso e porque sei que temos história, memória e futuro", declarou.
Marcelo convocou a "memória dos que no passado enfrentaram crises, venceram obstáculos e deram mundos ao mundo", num país que, para alguns que não o conhecem bem "pode parecer pequeno, mas que nunca foi nem será pequeno, e será sempre relevante em termos universais".
O chefe de Estado eleito chamou ao seu discurso também o futuro, protagonizado pelos mais jovens, "que são dos melhores de todos, cá dentro e lá fora prestigiando Portugal e que merecem mais".
"É a hora de seguir a história, de honrar a memória, de arrancar para um futuro à medida dos nossos sonhos. É a hora de refazer Portugal", declarou, concluindo a sua intervenção com vivas a Portugal.
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