Nem a folia do Carnaval escapa à crise no Brasil

Nem a folia do Carnaval escapa à crise no Brasil
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Porto Canal (DYS)

O Brasil é conhecido pelo Carnaval que invade todas as cidades do país. No entanto, este ano esse feito não se concretizará, uma vez que estão a ultrapassar a pior recessão desde os tempos de Getúlio Vargas.

Governado por Dilma Rousseff, o país encontra-se em recessão e a caminho do pior registo desde 1930, com a cotação do real muito baixa e com a inflação sempre a subir. Tudo isto, leva a que várias cidades estejam a cancelar os desfiles de Carnaval, o que é uma novidade, uma vez que estas festividades, resistiram até aos anos da crise financeira internacional.

A Financial Times dá o exemplo de Campinas, onde residem três milhões de pessoas. Gabril Rapassi, diretor de cultura da cidade, disse ao FT que “os cofres públicos não têm capacidade para suportar o Carnaval de 2016, com custos na ordem dos 300 mil euros. A queda nas vendas dos negócios locais levou a uma depauperação do orçamento municipal, e isso impede a comparticipação das escolas de samba”. E acrescenta que “os serviços não essenciais são os primeiros a sofrer”. “O ano 2015 já foi muito difícil para nós, e agora estamos a ouvir que 2016 será ainda pior.”, conclui Gabril Rapassi.

Também Renata Braga, a prefeita de Porto Ferreira, anunciou o primeiro cancelamento em 30 anos devido à aquisição de uma ambulância.

“Vocês todos sabem o quanto eu gosto de Carnaval. Portanto, para mim, é com muita dor no coração que faço este anúncio. Foi uma decisão muito difícil e espero que todos a respeitem. Mas atravessamos uma crise financeira muito séria e a área da saúde é nossa prioridade”, explica.

Outras localidades também já cancelaram o Carnaval, como Macapá, capital do estado de Amapá e Lavras do Sul.

Noutros locais do país, como é o caso de Rio Claro, estão a optar por cortar no número de participantes e reaproveitar o material de Carnavais anteriores. "Quase tudo o que foi usado no último ano vai ser reaproveitado, de espelhos a pregos", diz um dos responsáveis de corsos ao Globo.

Economistas do banco central brasileiro prevêem uma contração da economia de 2,99% durante o ano de 2016, que se juntarão aos 3,7% que o PIB encolheu em 2015.

No Rio de Janeiro, a espanhola Olga Valles, proprietária da Condal, uma das maiores fabricantes de máscaras carnavalescas, explicou que “a situação económica é ainda pior do que a maioria das pessoas imaginam. Lojas que gastavam 40.000 a 50.000 reais (cerca de 10 mil euros) estão agora a fazer encomendas de 3.000 (menos de 700 euros).

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