Vários autarcas estão contra o ajuste directo da concessão do Metro do Porto e da STCP
Porto Canal (CYM)
Decisão tornou-se pública às 00h09 de sábado e ondas de indignação fizeram-se sentir de imediato. Vários autarcas já deram o seu parecer sobre a matéria e os trabalhadores das entidades estão desapontados com a forma como tudo foi tratado.
Foi com grande surpresa que, nos primeiros minutos do dia de sábado, ficou conhecido o resultado da reunião de emergência de sexta-feira entre os conselhos de administração da Metro do Porto e da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP).
O Governo concordou que, um ano depois do concurso público para a concessão das duas empresas ter sido um fracasso, irá ser realizado um ajuste directo com um prazo de 12 dias para a entrega de propostas, como previsto na lei.
Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, disse na passada terça-feira que esta decisão foi tomada acordo com o estado urgente com que este processo precisa de ser tratado, e que tudo deverá estar terminado até ao final de 2015, pelo "interesse público", independentemente de qual Governo seja escolhido nas próximas eleições. Argumenta, ainda, que o Estado vai conseguir poupar "mais de 120 milhões de euros" nos 10 aos de concessão dos transportes públicos do Porto a privados.
A situação é descrita por políticos do PS e PCP como "escândalo nacional" e "uma golpada" e os trabalhadores das empresas estão indignados e prometem fazer o que puderem para impedir a concessão.
Eduardo Vítor Rodrigues, autarca de Gaia, fez-se ouvir: "Tendo em conta que é uma resolução que envolve duas empresas estratégicas para a AMP, trata-se de uma conclusão e de uma forma de agir desrespeitosas e desleais por parte do Governo".